Uma crítica do Presidente João Lourenço a declarações de uma empresária angolana sobre a Adminsitração geral tributária, AGT, foi mal recebida por alguns comentaristas.
Isso, disseram, poderá abrir as portas a perseguições à empresária.
Segundo a empresária Filomena Oliveira, os técnicos da Administração Geral Tributária “AGT” não ouvem os conselhos dos empresários acrescentando ser importante que os mesmos tenham maior atençao às reclamações por eles colocadas.
“Os técnicos da AGT são surdos, nós vamos lá, prenchemos as fichas de reclamações mas não ouvem”, disse em referência a consultas sobre a aplicação do novo Imposto do valor acrescentando, IVA.
Em resposta o Presidente da República no seu discurso dirigido ao militantes no acto de encerramento do 7ª congresso extraordinário do seu partido, disse não ter gostado da forma como a empresária se dirigiu aos técnicos e apelou ao maior respeito aos funcionários da AGT.
“Nós não somos surdos como dizia uma senhora aos técnicos da AGT, e não gostei nada”, disse, embora tenha acrescentado logo de seguida que “nós temos que ouvir”.
O analista Augusto Bafua Bafua diz não ter sido bom a critica do Presidente contra a empresária pois isso pode resultado em que subordinados de João Lourenço actuem para a prejudicar.
“Esperamos que isso não venha prejudicar a empresária” disse.
Já o politólogo Olívio Kilumbo entende que é possivel que o Presidente tenha inaugorado uma nova forma de fazer politica mas teme que seja mal entendido e que possa have retaliação contra a empresária.
“Estamos a viver uma nova era e pode ser que o presidente que mostrar que é possivel criticar abertamente, mas esperamos que não se aproveitem para prejudicar a empresária” disse.