O relatório do procurador especial Robert Mueller sobre a alegada interferência russa nas eleições americanas de 2016 foi hoje, 18 Abril, tornado público, pouco depois de em conferência de imprensa o procurador William Barr ter declarado que o documento iliba o Presidente Trump e a sua campanha de conluio com a Rússia.
O procurador Barr disse ainda que o relatório indica que depois de assumir o poder o Presidente não teve qualquer intenção corrupta de obstruir a investigação.
Segundo leituras iniciais de vários meios de informação do documento de quase 400 páginas, Mueller não pôde decidir sobre a questão de obstrução de justiça, porque não conseguiu determinar a intenção das declarações e acções de Trump após a sua tomada de posse.
Trump respondeu a perguntas do procurador por escrito.
O relatório diz que os investigadores não intimaram o Presidente a responder pessoalmente porque isso levaria a um substancial atraso numa etapa já final da investigação.
O procurador especial, Mueller, considerou contudo de inadequadas as respostas por escrito que Trump deu.
Trump tentou demitir Mueller
No mesmo relatório, há uma referência ao facto de Donald Trump ter tentado remover o procurador especial Robert Muller das suas funções há quase dois anos.
O documento afirma que Trump telefonou ao advogado da Casa Branca, Don McGhan, a 17 de Junho de 2017, e deu-lhe ordens para telefonar ao procurador geral interino para lhe dizer que Mueller tinha conflitos de interesse e devia ser demitido.
McGhan não obedeceu à ordem, diz o documento que afirma, por outro lado, que a campanha de Trump se reuniu com uma advogada russa durante o processo eleitoral esperando obter material sobre Hillary Clinton que pudesse aumentar as possibilidades de Trump ser eleito.
O documento diz contudo que nada foi alcançado nessa reunião que Mueller concluiu não constituir conspiração para conluio com os esforços activos da Rússia em interferir nas eleições