Os médicos angolanos regressam ao trabalho na segunda-feira, 20, depois de duas semanas de greve e de um acordo com o Ministério da Saúde, que visando dar resposta ao caderno reivindicato dos profissionais da saúde dentro de três meses.
No mesmo dia em Luanda, os enfermeiros iniciam uma greve.
O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (Sinmea) numa assembleia de membros da organização no sábado, 18, em Luanda, e surge depois da criação de grupos de trabalho pelas partes para encontrar uma proposta que coloque fim aos protestos.
Para já, duas das principais reivindicações do Sinmea foram satisfeitas com a reintegração do presidente do sindicato, Adriano Manuel, no Hospital Pediátrico David Bernardino e a anulação do processo disciplinar aberto contra ele por denunciar mortes de crianças, enquanto, em contrapartida, retirou o pedido de indemnização.
Entre as reclamações no caderno reinvindicativo pendentes constam a melhoria salarial, a segurança dos profissionais da classe, a melhoria do sistema de saúde, a melhoria da assistência primária, a humanização dos serviços e a transparência, entre outras.
Enfermeiros de Luanda em greve
Entretanto, na segunda-feira, o Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, inicia uma greve, depois do Governo não ter satisfeito as suas reivindicações, um mês depois de um pré-acordo.
A 18 de Novembro, o sindicato tinha anunciado o início de uma greve interpolada a partir do dia 22 daquele mês para pressionar o Governo a dar resposta às reivindicações dos enfermeiros, entre elas a abertura de concurso público para actualização das categorias e a criação de condições para segurança do local de trabalho devido a um aumento de casos de agressões contra os enfermeiros.