O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) confirmou o início de uma nova paralisação das actividades da categoria a partir desta segunda-feira, 21, em protesto pelo incumprimento do Governo do caderno reivindicativo apresentado em Setembro do ano passado.
A greve é por tempo indeterminado e durante a sua vigência estão suspensos os trabalhos nas enfermarias, seminários, internatos de especialidade, admissão e alta de pacientes, assim como passagem de relatórios, atestados médicos e certificados de óbitos.
Em nota, o SINMEA assume garantir os serviços mínimos “na ordem dos 25% nos bancos de urgência e cuidados intensivos para atendimento aos doentes críticos (vermelhos e laranjas)”.
Esta é a segunda greve em três meses, depois de uma paralisação de uma semana, em Dezembro passado.
Até agora, segundo o Sindicato, o Governo apenas cumpriu um ponto do caderno reivindicativo, que se refere à reintegração do seu presidente, o médico Adriano Manuel, que tinha sido afastado por denunciar mortes do hospital onde trabalhava.
O SINMEA denuncia também os baixos salários e o "acelerado desgaste físico e psíquico dos profissionais" e exige uma resposta do Governo.