A luta das mulheres para ocuparem o seu lugar de direito nos vários sectores da actividade humana tem conseguido ganhos enormes, mas, sempre, como indicam muitos estudos, falta um longo caminho por percorrer.
Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de Março, muitos debates são realizados, reflexões ocupam horas e multiplicam-se protestos, enquanto, no fazer das contas, fica sempre um enorme défice na afirmação das mulheres.
Nos últimos anos, a igualdade tem dado lugar a um discurso a favor da equidade de género, na tentativa de ajudar a quebrar resistências e muros que ainda existem e a promover uma verdadeira mudança de mentalidade, tanto das mulheres, como dos homens e a lançar bases para uma sociedade sem esse tipo de viés.
Apesar do avanço da presença feminina nas mais variadas áreas do conhecimento, a Organização das Nações Unidas para Ciência e Técnologia (UNESCO) disse que, em 2020, apenas 30% dos cientistas eram mulheres.
Não é segredo para ninguém que há algumas décadas, as sugestões de profissões para mulheres não indicam os campos científicos, além, talvez, da Medicina.
No entanto, a história regista cientistas mulheres que deixaram o seu nome da lista de descobertas, embora algumas tenho visto as suas vitória sido apagadas ou, até, assinadas por homens.
No programa semanal da VOA Agenda Africana falamos com duas mulhres, jovens, e apaixonadas pela ciência, com especial enfâse na biologia.
Érica Tavares, ambientalista angolana, e Vânia Teófilo, bióloga cabo-verdiana, abordam os seus primórdios, caminhos percorridos e ilustram um mundo também em feminino que, no entanto, ainda tem muitos quilómetros pela frente.
Um desafio que um mundo melhor agradece.
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