O Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, tomou posse na quinta-feira, 8, como chefe do Governo provisório do Bangladesh, dias depois da destituição da primeira-ministra Sheikh Hasina.
"Defenderei, apoiarei e protegerei a Constituição", declarou Yunus durante a cerimónia de tomada de posse no palácio presidencial da capital, Daca, acrescentando que desempenhará as suas funções "com sinceridade", refere a AFP.
Em termos oficiais, as funções do economista de 84 anos serão as de "conselheiro principal" do Governo.
A Muhammad Yunus juntaram-se políticos, personalidades da sociedade civil, generais e diplomatas.
Uma dúzia de membros do novo governo, que são oficialmente "conselheiros" e não ministros, foram também empossados.
Entre eles encontravam-se Nahid Islam e Asif Mahmud, os principais líderes do movimento estudantil que, no início de julho, desencadeou os protestos que levaram à fuga de Sheikh Hasina de helicóptero na segunda-feira.
Foram igualmente empossados Touhid Hossain, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, e Hassan Ariff, antigo procurador-geral, bem como Syeda Rizwana Hasan, advogada especializada em questões ambientais, e Asif Nazrul, proeminente professor de direito e escritor.
O mesmo se aplica a Adilur Rahman Khan, um ativista dos direitos humanos que foi condenado a dois anos de prisão durante o longo reinado do Primeiro-Ministro deposto.
Índia felicita Yunus
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ofereceu os seus "melhores votos" ao recém-empossado líder interino de Bangladesh, Muhammad Yunus, na quinta-feira, dizendo que Nova Delhi está "comprometida" em trabalhar com a vizinha Dhaka.
"Os meus melhores votos para o Professor Muhammad Yunus na assunção das suas novas responsabilidades", escreveu Modi na plataforma de media social X.
"A Índia continua empenhada em trabalhar com o Bangladesh para satisfazer as aspirações comuns dos nossos dois povos em matéria de paz, segurança e desenvolvimento", conclui Narendra Modi.
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