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MSF suspende algumas operações no Haiti devido à violência de gangues


Operações do MSF em Port-au-Prince, Haiti. (Photo: Avra Fialas/MSF)
Operações do MSF em Port-au-Prince, Haiti. (Photo: Avra Fialas/MSF)

A instituição de caridade francesa Médicos sem Fronteiras (MSF) anunciou, na sexta-feira, 1 de Abril, o encerramento temporário das operações num subúrbio pobre da capital haitiana Port-au--Prince, devido ao aumento da violência das gangues.

A situação de segurança no Haiti vem se deteriorando há meses, com gangues exercendo influência muito além dos bairros pobres da capital.

A nação caribenha também enfrenta um aumento nos sequestros: entre cinco e dez pessoas são sequestradas todos os dias no Haiti, segundo organizações de direitos humanos.

"Condenamos todas as formas de obstrução e violência contra serviços médicos, os nossos pacientes e funcionários", disse Thierry Goffeau, diretor de MSF - Haiti, em comunicado anunciando o encerramento de um hospital no bairro de Cite-Soleil.

O hospital permanecerá fechado "enquanto as condições de segurança não forem garantidas", disse o comunicado.

O hospital Cite-Soleil foi inaugurado há mais de uma década e oferece atendimento de emergência, embora o seu atendimento para queimaduras graves já tenha sido transferido para outro hospital da capital, devido a uma onda anterior de violência.

Em Agosto passado, o MSF foi forçado a fechar permanentemente um hospital que operava há 15 anos no bairro Martissant, um dos mais desfavorecidos de Port-au-Prince, após a polícia fugir da sua esquadra e uma onda de violência de gangues e saques forçar milhares a fugir de suas casas.

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