O MPLA vai organizar um plano de homenagem para honrar a memória dos angolanos que foram vítimas de conflitos políticos, entre 11 de Novembro de 1975 e 4 de Abril de 2002.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira, 25 de Abril, numa reunião do Bureau Político do partido no poder em Angola.
As homenagens terão sempre como objectivo “o estabelecimento de um diálogo nacional, no sentido de fortalecer as bases de consolidação da paz e da reconciliação, unir os angolanos e afastar os fantasmas que ainda ensombram o passado recente de Angola”, lê-se no comunicado emitido no final do encontro.
Aquele órgão do MPLA defende que esta abordagem deve-se enquadrar nas acções com vista “à contínua afirmação do Estado democrático de direito e alicerçada nos princípios da reconciliação nacional, da historicidade e do perdão”.
Antigos combatentes afirmam que o plano deve abranger a todos os movimentos angolanos.
O general na reforma Silva Mateus diz que a iniciativa é iniciativa e lembra que “não pode passar por cima do 27 de Maio” de 1977.
A mesma opinião tem o general na reforma Manuel Paulo Mendes de Carvalho Pacavira, General Paka, quem afirma que a medida é oportuna mas que existem muitas vítimas “até no período colonial que deviam ser reconhecidas”.
Em relação aos antigos combatentes que mesmo tendo dado o seu melhor encontram-se em extremas dificuldades, o general Silva Mateus defende que devem continuar a lutar e “a exigir que se lhes deem melhores condições de vida”.
Já o General Paka entende que o programa deve abranger até os antigos combatentes que passam por momentos difíceis porque “há muita fome, muita miséria”.
Recorde-se que vários grupos de antigos combatentes reclamam diariamente por não beneficiarem de qualquer compensação por parte do Governo.