O MPLA e a Unita continuam a esgrimir argumentos quanto aos militantes que deixam um partido e se afiliam no outro.
Agora, no Kwanza Sul, mais precisamente no município de Cassongue, o partido no poder diz ter recebido mais de quatro mil antigos militantes da Unita, em actos realizados no sábado.
O partido do galo negro, por seu lado, pergunta de onde vieram esses militantes se o censo indica que no Cassongue há pouco mais de seis mil pessoas, incluindo menores de idade.
Cassongue é entre os 12 municípios do Kwanza Sul considerado o bastião da Unita a par do Mussende, daí a ofensiva do partido no poder.
Os actos que aconteceram no sábado foram presididos pelo responsável do MPLA na província, Eusébio Teixeira, que considerou ter os novos militantes tomado a melhor decisão.
“Estamos em presença de militantes convictos, munidos de um verdadeiro sentimento patriótico, de angolanidade, partidário com objectivo de serem partícipes activos na edificação de uma sociedade de paz e de concórdia, próspera e democrática de uma Nação confiante no futuro”, disse Teixeira, reiterando que “cada cidadão é livre, cada cidadão deve escolher o melhor para sua vida e este é o melhor, o MPLA
Nos actos foram entregues aos novos militantes diversos bens como motorizadas, geleiras, televisores, fogões, geradores, imputes agrícolas e muito mais.
A Unita, através do seu secretário no Kwanza Sul Raúl Teixeira, questiona os números avançados pelo MPLA com os dados do recenseamento.
“Segundo o censo, Cassongue tem pouco mais de 6.500 pessoas, incluindo menores, etc., e o MPLA diz que tem quatro mil militantes, então a Unita não existe”, ironiza Teixeira, para quem o seu partido está tranquilo.