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MPLA e UNITA acusados de partidarizar excessivamente as autarquias


João Lourenço (esq) e Isaías Samakuva (dir)
João Lourenço (esq) e Isaías Samakuva (dir)

Leitura é de Luís Jimbo, do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia

O director executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED), Luís Jimbo, diz haver uma excessiva partidarização das autarquias locais.

Em declarações à VOA, Jimbo acusa o MPLA e a UNITA de estarem a reverter o verdadeiro sentido das autarquias locais ao transformarem o debate cívico em disputa partidária como se das eleições gerais se tratasse.

Instituto condena "excessiva partidarização" das autárquicas angolanas - 2:51
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Aquele responsável considera que enquanto o MPLA tem o receio de largar o poder local a favor das comunidades, a UNITA não quer perder as suas bases partidárias locais.

Enquanto isso, o Partido de Renovação Social (PRS) na Lunda Norte acusa o Governo e o partido que o sustenta de estarem a convencer a população, mal informada, a não aceitar as eleições autárquicas com o argumento de que o processo vai resultar numa nova escravatura das famílias.

Domingos Kamone, representante do PRS naquela província, adianta à VOA que está a ocorrer na província da Lunda-Norte “não uma discussão pública do tema, mas sim sessões de mobilização dirigidas a pessoas devidamente seleccionadas pelo partido governamental”.

A instalação das autarquias está prevista para acontecer em 2020, mas enquanto o MPLA defende a tese do gradualismo, em que elas serão criadas em alguns municípios numa primeira fase e noutros mais tarde, a oposição, em bloco exige que seja ao mesmo tempo em todo o território nacional.

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