Investimentos feitos pelo estado angolano na habitação, na província do Uíge, foram “improdutivos”, porque grande parte das construções não foram terminadas, disse o secretário provincial da UNITA, Félix Simão Lucas.
Lucas referia-se a investimentos efectuados durante o período de 2013 a 2017, pelo governo provincial.
“É um projecto que começou há bastante tempo, mas até agora continuamos a ver casas não concluídas e deixadas no capim à sua sorte”, disse.
Em resposta o primeiro secretário provincial do MPLA, Paulo Pombolo, atribui parte da culpa aos “empreendedores sem capacidade” e também a falta de fundos para terminar os projectos.
“Este programa habitacional no princípio teve muita deficiência, porque no concurso realizado foram também colocados empreendedores, muitos deles sem capacidade técnica na altura, e avançamos com este projecto que tinha como objectivo a construção de 200 casas divididas em duas fases”, disse.
“Infelizmente a segunda fase não foi concluída, por isso verificamos ainda casas não concluídas em alguns municípios, mas já habitadas”, acrescentou.
A província do Uíge conta com catorze mil casas construídas, incluindo a centralidade do Kilomoço.