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Moçambique: Novos e eternos candidatos na corrida presidencial


Edifício da Presidência de Moçambique inaugurado a 24 Janeiro 2014
Edifício da Presidência de Moçambique inaugurado a 24 Janeiro 2014

Quando falta uma semana para o fim da apresentação das candidaturas à presidência da República, quatro cidadãos formalizaram a sua intenção eleitoral. Entre os aspirantes com a documentação na mesa do Conselho Constitucional, Dorinda Catarina Eduardo, é a primeira mulher na corrida para a Ponta Vermelha, de 9 de Outubro.

Moçambique: Novos e eternos candidatos na corrida presidencial
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De 51 anos de idade e jurista de profissão, Dorinda Catarina tem apoio do Movimento Nacional para a Recuperação da Unidade Moçambicana (MONARUMO) , um dos 43 partidos inscritos para a corrida.

O seu primeiro ensaio para chegar à Ponta Vermelha, o palácio do Chefe de Estado, começou em 2019, mas acabou não avançando com a candidatura, facto já consumado nesta segunda-feira, 3 de Junho).

“O país precisa de uma liderança feminina, que possa apresentar uma perspetiva alternativa e, sobretudo, reanimar a esperança dos moçambicanos” disse após submeter a candidatura.

Veteranos e aspirantes

Inscritos também estão Lutero Simango, líder do MDM; Ossufo Momade, da Renamo; e Miguel Mabote, líder do Partido Trabalhista.

Alinhado como partido de esquerda, Mabote é um eterno candidato que entra em praticamente todas as eleições, desde 1994, mas o seu partido nunca logrou uma presença no parlamento e os seus resultados na corrida presidencial sempre estiveram muito abaixo dos 0,5%.

Em posição diferente estão Ossufo Momade e Lutero Simango que vêm disputando os lugares de segundo e terceiros mais votados, mas que, desta vez, partem como “velhas raposas” comparativamente ao candidato da Frelimo, o maior partido político nacional, que vai estreitar Daniel Chapo como seu candidato.

O líder do MDM olha para o eleitorado jovem como a sua aposta para mudar a história dos seus resultados eleitorais.

“Estão a surgir novas gerações de eleitores e cabe a nós como partido saber tirar proveito disso” disse, recentemente, Simango, num programa do Centro de Integridade Pública (CIP).

O comentador político Baltazar Fael considera que o MDM e o seu candidato são, entre os principais contendores políticos, aqueles que partem na retaguarda.

“Me parece que em termos de fidelização de membros, a Frelimo é um partido quase estável, isso olhando para o panorama daquilo que tem surgido em termos de resultados eleitorais” disse o comentador.

“A Renamo também é um partido que, até certo ponto, tem, desde as primeiras eleições, um eleitorado estável e quem aparece no jogo como outsider é mesmo o MDM, que tem que procurar aqui, no meio destes dois gigantes, o seu espaço” , avaliou.

A Frelimo, embora tenha já anunciado o seu candidado, ainda não submeteu formalmente a candidatura. Na mesma situação está Venâncio Mondlane, que acaba de renunciar da Renamo.

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