A cidade de Nampula, no norte de Moçambique tem sido assolada nos últimos dias por uma onda crescente de crimes.
A desconfiança da população para com a polícia e o facto desta estar a ser dizimada pela epidemia de HIV/SIDA estão a dificultar o combate ao crime
Nas últimas semanas, o cenário da criminalidade tomou proporções alarmantes, nomeadamente com o surgimento de quadrilhas que com recurso a armas de fogo e brancas, protagonizam assaltos a residências, estabelecimentos comerciais e contra pessoas principalmente motociclistas, deixando a cidade em pânico.
Na semana passada, por exemplo, no bairro de Mutauanha piloto, um grupo de malfeitores ainda a monte, vandalizou por completo o sistema de iluminação pública na principal estrada local. De seguida foram assaltadas três residências localizadas ao longo da mesma estrada. Na mesma semana, por meio de uma armadilha feita de cordas, os malfeitores mataram um indivíduo, que na ocasião transitava de moto naquela rua.
Naquela semana, a polícia neutralizou três quadrilhas. Segundo informações fornecidas pelas autoridades a primeira quadrilha era composta por 9 indivíduos, a segundo de 7 e a terceira por 4 indivíduos. Segundo soube a VOA, as mesmas quadrilhas protagonizavam assaltos com recurso a armas de fogo e brancas nos diferentes bairros da cidade e distritos circunvizinhos, incluindo a cidade de Nacala-Porto.
Mas as actividades dos malfeitores não terminaram por aí. No último Domingo, uma quadrilha composta por 12 indivíduos, entrou no famoso bairro de Muahivire-Expansão, assaltando a residências das irmãs da caridade e outras duas residências vizinha. Registou-se então um tiroteio entre o gang e a polícia moçambicana, uma vez que numas das residências assaltadas o proprietário conseguiu comunicar com o comando da polícia. Durante tiroteio a polícia alvejou mortalmente um perigoso cadastrado que fazia parte do grupo de assaltantes. Segundo informações fornecidas pela policia, o cadastrado ora alvejado, encontrava-se na altura há uma semana em liberdade, depois de cumprida uma pena na Cadeia provincial de Nampula, por assaltos a residências com recurso a armas de fogo e brancas.
Residentes de Nampula entrevistados pela VOA opinam que na origem da crescente onda criminal e a consequente insegurança pública, está a falta de colaboração entre a policia e as comunidades nampulenses.
Segundo os entrevistados existe alguma vontade de a comunidade participar activamente na segurança da cidade, mas acaba por não o fazer por receio de represálias por parte dos meliantes.
“ Existem muitos agentes da polícia desonestos que dão informações aos larápios. E isso, coloca em risco as nossas vidas”, disseram os nossos entrevistados. Outras razões avançadas pelos nossos entrevistados para o aumento da actividade criminosa em Nampula e que poderá justificar a fraca colaboração policia-comunidades são a fraca presença policial nos bairros e a alegada lentidão com que a policia actua quando chamada a intervir.
Os comerciantes de Nampula ouvidos pela VOA dizem que como consequência do aumento dos crimes em Nampula, notam a falta de clientes, principalmente no período nocturno, altura em que se registam a maior parte dos crimes e assaltos.
Um dos mais conhecidos bares da cidade, localizado junto ao clube ferroviário de Nampula, foi alvo de assaltos, o que colocou em estado de alerta máximo os empresários do ramo hoteleiro.
Pelo seu lado, a policia moçambicana queixa-se da falta de meios humanos e materiais para responder adequadamente à situação criminal em Nampula.
Actualmente, segundo dados avançados pelo Comandante Provincial da Policia em Nampula, Alfredo Mussa, há um polícia por cada 149 mil habitantes, quando devia ser 1 agente para cada noventa cidadãos.
Segundo Mussa, um dos factores que contribui para uma redução no número de polícias é o HIV/SIDA que está a dizimar a corporação.
Segundo o comandante Provincial nos últimos seis meses 31 agentes perderam a vida vítimas de SIDA contra 33 no mesmo período do ano anterior. Neste momento, pelo menos 60 agentes seropositivos não realizam actividades operativas, segundo Alfredo Mussa, o qual não avançou outros factores que contribuem para a redução do números de efectivos da corporação.
Esta semana, devido à evolução da situação criminal, o Comandante-geral da Policia da Republica de Moçambique, Jorge Khalau, escalou Nampula e Nacala-Porto, duas cidades que nos últimos dias estão a registar altos níveis de crime.
Khalau prometeu redobrar de esforços, mantendo a presença policial nos principais centros de aglomeração populacional e patrulhamento nos demais bairros, como forma de tentar controlar a situação.
O Comandante policial pediu a colaboração da população no sentido de denunciar os malfeitores escondidos nas comunidades.
No caso particular de Nampula, Khalau teve resposta .
A população disse abertamente que não confia nos serviços prestados pela polícia, isso, derivado ao que disse ser a falta de sigilo profissional por parte dos policias.
Mas o comandante geral prometeu que todos os que denunciarem a presença de malfeitores serão protegidos.
A desconfiança da população para com a polícia e o facto desta estar a ser dizimada pela epidemia de HIV/SIDA estão a dificultar o combate ao crime
Nas últimas semanas, o cenário da criminalidade tomou proporções alarmantes, nomeadamente com o surgimento de quadrilhas que com recurso a armas de fogo e brancas, protagonizam assaltos a residências, estabelecimentos comerciais e contra pessoas principalmente motociclistas, deixando a cidade em pânico.
Na semana passada, por exemplo, no bairro de Mutauanha piloto, um grupo de malfeitores ainda a monte, vandalizou por completo o sistema de iluminação pública na principal estrada local. De seguida foram assaltadas três residências localizadas ao longo da mesma estrada. Na mesma semana, por meio de uma armadilha feita de cordas, os malfeitores mataram um indivíduo, que na ocasião transitava de moto naquela rua.
Naquela semana, a polícia neutralizou três quadrilhas. Segundo informações fornecidas pelas autoridades a primeira quadrilha era composta por 9 indivíduos, a segundo de 7 e a terceira por 4 indivíduos. Segundo soube a VOA, as mesmas quadrilhas protagonizavam assaltos com recurso a armas de fogo e brancas nos diferentes bairros da cidade e distritos circunvizinhos, incluindo a cidade de Nacala-Porto.
Mas as actividades dos malfeitores não terminaram por aí. No último Domingo, uma quadrilha composta por 12 indivíduos, entrou no famoso bairro de Muahivire-Expansão, assaltando a residências das irmãs da caridade e outras duas residências vizinha. Registou-se então um tiroteio entre o gang e a polícia moçambicana, uma vez que numas das residências assaltadas o proprietário conseguiu comunicar com o comando da polícia. Durante tiroteio a polícia alvejou mortalmente um perigoso cadastrado que fazia parte do grupo de assaltantes. Segundo informações fornecidas pela policia, o cadastrado ora alvejado, encontrava-se na altura há uma semana em liberdade, depois de cumprida uma pena na Cadeia provincial de Nampula, por assaltos a residências com recurso a armas de fogo e brancas.
Residentes de Nampula entrevistados pela VOA opinam que na origem da crescente onda criminal e a consequente insegurança pública, está a falta de colaboração entre a policia e as comunidades nampulenses.
Segundo os entrevistados existe alguma vontade de a comunidade participar activamente na segurança da cidade, mas acaba por não o fazer por receio de represálias por parte dos meliantes.
“ Existem muitos agentes da polícia desonestos que dão informações aos larápios. E isso, coloca em risco as nossas vidas”, disseram os nossos entrevistados. Outras razões avançadas pelos nossos entrevistados para o aumento da actividade criminosa em Nampula e que poderá justificar a fraca colaboração policia-comunidades são a fraca presença policial nos bairros e a alegada lentidão com que a policia actua quando chamada a intervir.
Os comerciantes de Nampula ouvidos pela VOA dizem que como consequência do aumento dos crimes em Nampula, notam a falta de clientes, principalmente no período nocturno, altura em que se registam a maior parte dos crimes e assaltos.
Um dos mais conhecidos bares da cidade, localizado junto ao clube ferroviário de Nampula, foi alvo de assaltos, o que colocou em estado de alerta máximo os empresários do ramo hoteleiro.
Pelo seu lado, a policia moçambicana queixa-se da falta de meios humanos e materiais para responder adequadamente à situação criminal em Nampula.
Actualmente, segundo dados avançados pelo Comandante Provincial da Policia em Nampula, Alfredo Mussa, há um polícia por cada 149 mil habitantes, quando devia ser 1 agente para cada noventa cidadãos.
Segundo Mussa, um dos factores que contribui para uma redução no número de polícias é o HIV/SIDA que está a dizimar a corporação.
Segundo o comandante Provincial nos últimos seis meses 31 agentes perderam a vida vítimas de SIDA contra 33 no mesmo período do ano anterior. Neste momento, pelo menos 60 agentes seropositivos não realizam actividades operativas, segundo Alfredo Mussa, o qual não avançou outros factores que contribuem para a redução do números de efectivos da corporação.
Esta semana, devido à evolução da situação criminal, o Comandante-geral da Policia da Republica de Moçambique, Jorge Khalau, escalou Nampula e Nacala-Porto, duas cidades que nos últimos dias estão a registar altos níveis de crime.
Khalau prometeu redobrar de esforços, mantendo a presença policial nos principais centros de aglomeração populacional e patrulhamento nos demais bairros, como forma de tentar controlar a situação.
O Comandante policial pediu a colaboração da população no sentido de denunciar os malfeitores escondidos nas comunidades.
No caso particular de Nampula, Khalau teve resposta .
A população disse abertamente que não confia nos serviços prestados pela polícia, isso, derivado ao que disse ser a falta de sigilo profissional por parte dos policias.
Mas o comandante geral prometeu que todos os que denunciarem a presença de malfeitores serão protegidos.