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Influente Empresário Moçambicano Considerado “Barão da Droga”


Influente Empresário Moçambicano Considerado “Barão da Droga”
Influente Empresário Moçambicano Considerado “Barão da Droga”

As autoridades americanas decidiram congelar de imediato quaisquer bens que Mohamed Sulemane tenha nos EUA

A Casa Branca designou como “barão da droga” o empresário moçambicano Mohamed Bachir Sulemane. A informação foi veiculada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, que, na sua nota à imprensa, refere e citamos: “No cumprimento da identificação feita pelo presidente Obama do barão da droga moçambicano Mohamed Bachir Sulemane ao abrigo da Lei sobre a Designação dos Barões da Droga Estrangeiros, o Departamento do Tesouro designou três empresas da sua rede de tráfico de narcóticos”. Essas empresas são o Grupo MBS Limitada, o Grupo MBS – Kayum Centre e o Maputo Shopping Centre.
As autoridades americanas decidiram congelar de imediato quaisquer bens que aquelas três entidades possam ter nos EUA e proíbem todos os cidadãos americanos de efectuarem transacções financeiras ou comerciais com aquelas empresas.
No comunicado do Departamento do Tesouro americano afirma-se peremptoriamente que “Suleman lidera uma bem financiada rede de tráfico de narcóticos em Moçambique e que essa rede contribuiu para a crescente tendência para o tráfico de narcóticos e lavagem de dinheiro com ele relacionado através da África Austral”.
Reagindo a esta notícia, uma fonte do Departamento de Estado americano disse à VOA que o governo moçambicano foi notificado sobre esta designação antes de ela ser tornada pública, fazendo notar que se tratou de designar um indivíduo e não Moçambique como país, nem o seu governo enquanto tal.
Recorda se que, no seu relatório sobre drogas de 2010 no relatório do Departamento de Estado se afirmava que “Moçambique se está a transformar cada vez mais num país de trânsito de narcóticos, nomeadamente de haxixe, marijuana, cocaína, heroína e mandrax, a maior parte dos quais são consumidos na Europa e na África do Sul.
A VOA procurou ouvir a reacção dos partidos da oposição devido ao facto de Mohamed Bachir Sulemane ser não só um militante da Frelimo, mas porque aquele empresário é um dos grandes apoiantes de figuras do Estado moçambicano.
O MDM anunciou que vai tomar posição amanhã, durante uma conferência de imprensa a ter lugar no edifício da Assembleia da República. A Renamo criticou duramente a Frelimo: afirma que as campanhas do partido no poder são financiadas por dinheiro da droga. Diz que a conclusão a que chegou agora o governo americano é coisa que os moçambicanos já sabiam há muito.
Numa entrevista à VOA, António Muchanga membro da Renamo e Conselheiro de Estado, exige uma investigação judicial às actividades do empresário e diz que a relação próxima entre Mohamed Bachir Suleman e o partido no poder, mancha a Frelimo.
Vamos agora saber quem é, afinal, Mohamed Bachir Suleman.O João Santa Rita contactou, a propósito, o jornalista Fernando Lima, director do grupo Media Coop, empresa proprietária do semanário "Savana".

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