MAPUTO —
Em Moçambique, artistas moçambicanos, como Gonçalo Mabunda, transformam armas usadas na guerra civil em objectos de arte.
As esculturas atraíram a atenção internacional, tendo peças sido expostas em galerias de arte em Nova Iorque, Osaka, Japão, Londres e outras cidades.
A Fundação Clinton e o Vaticano compraram algumas das esculturas de Mabunda, as quais foram objecto de uma extensa reportagem no jornal norte-americano The Washington Post.
O projecto, lançado em 1995 pelo Conselho Cristão de Moçambique, tinha dois objectivos: levar a paz e a reconciliação à população dividida do país e para desarmar milhares de combatentes que participaram na guerra, que matou mais de um milhão de pessoas. Agora, duas décadas depois de um acordo de paz ter sido assinado, o projecto continua relevante como sempre. Enquanto o fosso entre ricos e pobres aumenta e homens de negócios lutam através de ligações politicas pelas riquezas minerais. Muitos moçambicanos receiam que a violência possa ser usada para rectificar desigualdades e avançar ambições políticas.
As tensões também estão a crescer entre facções políticas. No mês passado, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, regressou à mata, com 800 guerrilheiros armados. De acordo com a imprensa, Dhlakama acusa o governo de não ir ao encontro dos seus pedidos, que incluem a integração de mais antigos guerrilheiros seus nas forças armadas moçambicanas e partilhar o controlo das novas riquezas descobertas no país.
Desde o seu início, o projecto já colocou dezenas de milhares de armas fora de circulação. Este ano, recolheu 600 armas, na sua maioria espingardas de guerra Kalashnikov, vulgarmente conhecidas por AK-47. Em troca pelas armas, o Conselho Cristão de Moçambique dá bicicletas, arados e outas alfaias agrícolas e máquinas de costura.
As armas são levadas para Maputo e entregues a escultores como Mabunda, que as tornam em símbolos artísticos de paz. O projecto, de acordo com o seu director adjunto, Nicolau Luís, vai continuar enquanto tiver fundos. Actualmente os fundos são fornecidos por uma ONG japonesa assim como por umas poucas igrejas dos Estados Unidos.
Para Nicolau Luís, o seu sonho é que um dia não haja quaisquer armas ilegais em Moçambique.
As esculturas atraíram a atenção internacional, tendo peças sido expostas em galerias de arte em Nova Iorque, Osaka, Japão, Londres e outras cidades.
A Fundação Clinton e o Vaticano compraram algumas das esculturas de Mabunda, as quais foram objecto de uma extensa reportagem no jornal norte-americano The Washington Post.
O projecto, lançado em 1995 pelo Conselho Cristão de Moçambique, tinha dois objectivos: levar a paz e a reconciliação à população dividida do país e para desarmar milhares de combatentes que participaram na guerra, que matou mais de um milhão de pessoas. Agora, duas décadas depois de um acordo de paz ter sido assinado, o projecto continua relevante como sempre. Enquanto o fosso entre ricos e pobres aumenta e homens de negócios lutam através de ligações politicas pelas riquezas minerais. Muitos moçambicanos receiam que a violência possa ser usada para rectificar desigualdades e avançar ambições políticas.
As tensões também estão a crescer entre facções políticas. No mês passado, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, regressou à mata, com 800 guerrilheiros armados. De acordo com a imprensa, Dhlakama acusa o governo de não ir ao encontro dos seus pedidos, que incluem a integração de mais antigos guerrilheiros seus nas forças armadas moçambicanas e partilhar o controlo das novas riquezas descobertas no país.
Desde o seu início, o projecto já colocou dezenas de milhares de armas fora de circulação. Este ano, recolheu 600 armas, na sua maioria espingardas de guerra Kalashnikov, vulgarmente conhecidas por AK-47. Em troca pelas armas, o Conselho Cristão de Moçambique dá bicicletas, arados e outas alfaias agrícolas e máquinas de costura.
As armas são levadas para Maputo e entregues a escultores como Mabunda, que as tornam em símbolos artísticos de paz. O projecto, de acordo com o seu director adjunto, Nicolau Luís, vai continuar enquanto tiver fundos. Actualmente os fundos são fornecidos por uma ONG japonesa assim como por umas poucas igrejas dos Estados Unidos.
Para Nicolau Luís, o seu sonho é que um dia não haja quaisquer armas ilegais em Moçambique.