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Muitos moçambicanos, em particular mulheres e crianças, caiem nas malhas de redes criminosas


Moçambique
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Um dos pontos de entrada das vítimas é o Município de Nkomazi

Primeiro uma breve passeata pelo Posto de Ressano Garcia, o principal posto fronteiriço moçambicano, na província meridional de Maputo, e, seguidamente, do outro lado, no posto de Lebombo, do lado sul-africano.

Uma marcha que foi descambar num pequeno mercado, conhecido por Macaravanine, localizado em Komatipoort, na província de Mpumalanga, parte este da África do Sul.

Um mercado cujos vendedores são, na sua maioria, moçambicanos e onde funciona um terminal de viaturas privadas que fazem o transporte de passageiros para várias regiões no interior da África do Sul e também de Moçambique.

Transportadores alguns dos quais, não raras vezes, são acusados de fazerem parte de redes criminosas que fazem o tráfico e a exploração de muitos moçambicanos.

Não há dados estatísticos, mas tanto as autoridades moçambicanas como as sul-africanas não têm dúvidas em afirmar que são muitos os casos de cidadãos moçambicanos, em particular mulheres e crianças, que são aliciados e que depois acabam por cair nas malhas de redes criminosas.

E um dos pontos de entrada das vítimas é o Município de Nkomazi, habitado por cerca de setecentas mil pessoas, sendo esta autarquia limitada a este por Moçambique e a sul pela Swazilândia.

E foi precisamente em Naas, uma das áreas do Município de Nkomazi, onde o Grupo de Referência de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, a nível da província sul-africana de Mpumalanga, juntou, num salão, várias centenas de pessoas.
Pessoas a quem se procurou sensibilizar sobre a gravidade do problema do tráfico e exploração de pessoas, sobretudo exploração sexual.

Amabélia Chuquela, Sub-Procuradora-Geral Adjunta Chefe da Cidade de Maputo. A magistrada faz parte da equipa que, na Procuradoria Geral da República, em Moçambique, tem estado a trabalhar, há cerca de dois anos, especificamente na área de prevenção e combate ao tráfico de seres humanos.

Amabélia Chuquela, juntamente com uma outra procuradora moçambicana, esteve em Nkomazi a convite do Grupo de Referência de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, a nível da província sul-africana de Mpumalanga.
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