O Ministro da Educação, Zeferino Martins, autorizou neste final de semana o uso do véu muçulmano nas escolas públicas.
Através de uma circular emitida no último sábado o Ministério da Educação diz que a autorização é válida durante o período do Ramadão.
Apesar de ser uma medida temporária, a comunidade muçulmana considera que a decisão de Zeferino Martins é oportuna mas continua a saber a muito pouco.
"Eu acho que a decisão continua a ser discriminatória. O muçulmano manifesta a sua religião todos os dias e restringirmos o uso do véu, que é um dos símbolos da sua fé é restringirmos o uso do véu apenas ao ramadão é limitar a liberdade religiosa dos muçulmanos," disse Abdul Selemane, membro de um dos grupos da comunidade muçulmana em Maputo.
Para Selemane, depois deste primeiro passo, as autoridades deve avançar para aceitação do véu em definitivo, em nome do respeito das liberdades individuais, sobretudo, a religiosa.
"Acho que todos já se aperceberam que o islamismo de Moçambique é diferente do extremismo demonstrado noutros quadrantes do mundo, por isso, julgo que é de bom grado que haja uma liberalização mais extensiva ao uso do véu" concluiu Selemane.
Esta medida continua a dividir opiniões entre a sociedade moçambicana. Lúcia Macauze é uma cidadã sem religião e mesmo respeitando as liberdades individuais, é da opinião de que o véu deve ser terminantemente proibido em recintos escolares.
"Acho que não se devia admitir o véu na Escola. Por exemplo, há os que cobrem todo o rosto e não podemos estudar com colegas de quem não conhecemos os rostos. Pode ser que amanhã venha uma outra pessoa e senta do nosso lado e nós não sabemos se esta pessoa é a mesma que esteve aqui no dia anterior ou não. Na verdade o rosto é a identidade da pessoa e por isso deve estar a vista," opinou a nossa fonte.
Polémicas à parte, o facto é que para alguns sectores da sociedade, a decisão do Ministro da Educação tem uma motivação meramente política.
Segundo escreve o diário O País, o principal motivo da aceitação temporária do uso do véu deve-se aproximação das eleições autárquicas em 2013 e gerais em 2014, com o partido FRELIMO, a recear a perda de apoio do eleitorado muçulmano do norte do país.
Através de uma circular emitida no último sábado o Ministério da Educação diz que a autorização é válida durante o período do Ramadão.
Apesar de ser uma medida temporária, a comunidade muçulmana considera que a decisão de Zeferino Martins é oportuna mas continua a saber a muito pouco.
"Eu acho que a decisão continua a ser discriminatória. O muçulmano manifesta a sua religião todos os dias e restringirmos o uso do véu, que é um dos símbolos da sua fé é restringirmos o uso do véu apenas ao ramadão é limitar a liberdade religiosa dos muçulmanos," disse Abdul Selemane, membro de um dos grupos da comunidade muçulmana em Maputo.
Para Selemane, depois deste primeiro passo, as autoridades deve avançar para aceitação do véu em definitivo, em nome do respeito das liberdades individuais, sobretudo, a religiosa.
"Acho que todos já se aperceberam que o islamismo de Moçambique é diferente do extremismo demonstrado noutros quadrantes do mundo, por isso, julgo que é de bom grado que haja uma liberalização mais extensiva ao uso do véu" concluiu Selemane.
Esta medida continua a dividir opiniões entre a sociedade moçambicana. Lúcia Macauze é uma cidadã sem religião e mesmo respeitando as liberdades individuais, é da opinião de que o véu deve ser terminantemente proibido em recintos escolares.
"Acho que não se devia admitir o véu na Escola. Por exemplo, há os que cobrem todo o rosto e não podemos estudar com colegas de quem não conhecemos os rostos. Pode ser que amanhã venha uma outra pessoa e senta do nosso lado e nós não sabemos se esta pessoa é a mesma que esteve aqui no dia anterior ou não. Na verdade o rosto é a identidade da pessoa e por isso deve estar a vista," opinou a nossa fonte.
Polémicas à parte, o facto é que para alguns sectores da sociedade, a decisão do Ministro da Educação tem uma motivação meramente política.
Segundo escreve o diário O País, o principal motivo da aceitação temporária do uso do véu deve-se aproximação das eleições autárquicas em 2013 e gerais em 2014, com o partido FRELIMO, a recear a perda de apoio do eleitorado muçulmano do norte do país.