Morreu nesta quinta-feira, 16, na África do Sul, aos 80 anos idade, por motivos de doença o político e poeta moçambicano Sérgio Vieira.
Natural da província de Tete, onde nasceu em 1941, assumiu o activismo político bem jovem e enquanto estudava em Lisboa frequentou a conhecida Casa dos Estudantes do Império, onde se reuniam muitos dos futuros dirigentes da luta de libertação das então colónias portuguesas.
Nesse espaço, participou em muitas actividades culturais também.
Licenciado em Ciências Políticas, antes da Independência de Moçambique viveu asilado em Dar-es-Salam, então capital da Tanzânia, e dirigiu o Departamento de Educação e Cultura da Frelimo.
Após 1975, Sérgio Vieira exerceu o cargo de Governador do Banco de Moçambique e foi ministro da Administração Interna, bem como deputado.
O nome dele está ligado à criação da "polícia secreta" e nos últimos anos assumiu uma postura crítica à direcção da Frelimo, partido no poder.
No campo literário, publicou em 1983 “Também Memória do Povo” e em 2010 “Participei, por isso testemunho”, e colaborou com várias publicações, como revistas e jornais.
O nome esta incluído em várias antologias de poesia, tais como Poetas Moçambicanos (1962), Breve Antologia da Poesia de Moçambique (1967), Poesia de Combate (1977) e No Ritmo dos Tantãs (1991).
Na sua página no Facebook, a Frelimo publicou a seguinte nota: !O camarada presidente da Frelimo, a Comissão Política da Frelimo, o Secretariado do Comité Central da Frelimo comunicam com profunda mágoa e consternação o falecimento do camarada Sérgio Vieira, veterano da luta armada de libertação nacional, ocorrido hoje, 16 de Dezembro, na África do Sul, vítima de doença.