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Morreu o cantor angolano Carlos Burity


Carlos Burity, cantor angolano
Carlos Burity, cantor angolano

O semba chora hoje a morte de Carlos Burity, o pai de músicas como "Malalanza”, “Tia Joaquina”, “Tona Cashi”, “Manazinha” e “Mucangiami”.

A agência de notícias Angop, citando o seu agente Maló Jaime, escreve que o cantor angolano deu entrada em estado grave na clínica Girassol na madrugada deste dia 12 de agosto, tinha 67 anos.

Carlos Fernandes Burity Gaspar se iniciou na música em 1968 e gravou, em 1974, sucessos como " Ixi Iami" e "Recado".

Nasceu em Luanda, em novembro de 1952, Burity integrou, em 1968, a formação pop–rock “Cinco mais um”, com Catarino Bárber e José Agostinho, o último do Duo “Missosso, com Filipe Mukenga.

Burity partilhou o palco com outras vozes icónicas do tempo da luta de independência angolana, como David Zé e Artur Nunes.

Em 1976 ele grava o single "Especulador" um tema que marca a sua entrada na música de intervenção e ainda nesse mesmo ano o músico grava com o grupo Os Kiezos a canção "Desaparecimento do Moreno".

Em 1983, Burity junta-se ao “Canto Livre de Angola”, um projecto do cantor brasileiro Martinho da Vila e do empresário Fernando Faro, que levou ao Brasil nomes como Filipe Mukenga, André Mingas, Dina Santos, Pedrito, Elias dia Kimuezo, Rebita do Mestre Geraldo, Mamukueno e Joy Artur, acompanhados pelo agrupamento Semba Tropical, e participa, integrado no mesmo projecto, na gravação do LP “Semba Tropical in London”, interpretando, com assinalável, sucesso, os temas “Mon’ami” e “Tona Kaxi”.*

Em mais de 40 anos de carreira, Carlos Burity gravou 13 álbuns e teve inúmeras participações em projetos paralelos com outros grupos ou cantores.

Esteve em palco recentemente, quando em Dezembro de 2019 foi homenageado pelo Duetos N'Avenida, em Luanda. Ele cantou com Patrícia Faria e Gercy Pegado, d'As Gingas, acompanhados pela Banda Maravilha.

*Fonte Angop
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