Morreu hoje, de complicações relacionadas com a Covid-19, Hortêncio Langa, um dos músicos mais influentes de Moçambique.
Hortêncio Langa tinha 70 anos, completados a 23 de Março.
O seu interesse pela música começou em tenra idade, em Gaza, onde nasceu, influenciado, entre outros, pelos Beatles, Rolling Stones, Elvis Presley ou Luís Gonzaga. Os seus irmãos mais novos seguiram também a música. Pedro Langa, integrou o Ghorwane; e Milagre Langa, o Grupo RM.
Nos primeiros anos de independência de Moçambique, Hortêncio Langa destacou-se pela participação na trilogia Amanhecer. Em 1980, na companhia de Arão Litsuri e João Cabaço gravou um disco “ao vivo” no festival de Neubrandenburg, na antiga República Democrática da Alemanha, que marcou uma era.
Igualmente na década de 1980, Hortêncio Langa fundou o icónico grupo local Alambique, cuja música tem marcas de marrabenta, jazz blues ou rock. A sua base inicial integrava Arão Litsure, Celso Paco, Childo Tomás e Aderito Gomate.
Com uma vasta produção a solo abordando problemas do quotidiano moçambicano e amor, Hortêncio Langa explorou também as artes plásticas e a literatura– escreveu Magoda e Luzes de Encantamento.
Por muitos anos, foi secretário-geral da Associaçāo de Músicos Moçambicanos.
Hortêncio Langa deixa viúva e quatro filhos, três deles também músico, Xixel, Texito e Dário.