O padre Jorge Casimiro Congo, bispo da Igreja Católica das Américas em Angola e destacado defensor da autonomia de Cabinda, morreu nas primeiras horas desta quinta-feira, 6, no Hospital Geral de Cabinda, vítima de doença, aos 71 anos, informaram familiares.
Ele foi vítima de linfangite aguda, depois de duas paragens cardíacas.
O conhecido Padre Congo foi levado em custódia algumas vezes vezes pelas autoridades policiais, participou, em 2003 na constituição da Associação Cívica de Cabinda "Mpalabanda", que viria a ser extinta pelo tribunal em 2005, por alegada subversão à ordem constitucional e atentatório ao Estado unitário, e foi secretário da Educação, Ciência e Tecnologia de Cabinda durante o governo provincial do actual ministro do Interior Eugénio Laborinho.
Natural de Lândana, município de Kakongo, província de Cabinda, Jorge Casimiro Congo nasceu a de Março 1952.
Depois dos estudos liceais, seguiu a carreira teológica e formou-se na Universidade Urbaniana de Roma em Teologia e Línguas Antigas.
Além de líder religioso, destacou-se como professor de Português e Metodologias na Universidade Lusíada.
Depois de divergências com a Igreja Católica, ele fundou a Igreja Católica das Américas em Angola.
Acérrimo defensor da autonomia de Cabinda e crítico do MPLA e das suas políticas para a província, ao participar no programa da Voz da América, Angola Fala Só, a 10 de Abril de 2015, ele disse não ser político.
“Eu não sou político sou a consciência do povo”, afirmou, e questionado sobre a sua enorme popularidade entre os cabindas justificou: “Sou coerente desde sempre”.
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