O representante democrata John Lewis, um dos pioneiros do movimento pelos direitos civis e um dos últimos ativistas negros da época de Martin Luther King, morreu nesta sexta-feira, 17, aos 80 anos.
“Hoje, os Estados Unidos choram a perda de um dos maiores heróis da sua história", declarou a presidente da Câmara dos Representante, Nancy Pelosi, em nota.
Pelosi descreveu Lewis como "um titã do movimento dos direitos civis cuja bondade, fé e valentia transformaram nossa nação".
Filho de meeiros, Lewis foi um dos mais jovens integrantes dos "Viajantes da Liberdade", que lutaram contra a segregação racial no sistema de transporte público dos Estados Unidos no início dos anos 1960, e tornou-se numa das vozes mais poderosas da defesa da justiça e da igualdade.
John Robert Lewis, nascido a 21 de fevereiro de 1940, depois de uma longa luta nas ruas, foi eleito representante da Geórgia em 1987, função que desempenhou até a morte.
Lewis fez parte da liderança democrata na Câmara dos Representantes, foi premiado com diversos graus honoríficos e ganhou vários prémios de instituições nacionais e internacionais eminentes, incluindo a mais alta honraria civil nos Estados Unidos, a Medalha Presidencial da Liberdade.
Em dezembro de 2019, Lewis anunciou que tinha cancro de pâncreas de nível quatro, o estágio mais grave.
”Vou fazer o que sempre fiz, lutar”, disse.