Os residentes do município de Cacuso, na província angolana de Malanje, pediram ao Presidente da República, João Lourenço, energia eléctrica e água potável.
Os pedidos foram feitos quando João Lourenço deslocou-se àquela localidade no fim-de-semana para inaugurar a Central Ecológica do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que, com as outras cinco turbinas, está a produzir 2070 megawatts.
Os cerca de 60 mil habitantes das comunas a sede (Cacuso), Lombe, Quizenga, Pungo-A-Ndongo e Suqueco enfrentam há décadas a escuridão e a sede.
“Sabendo que temos duas barragens no Município de Cacuso, Laúca e Capanda, mas ainda assim a energia não chega aos bairros periféricos. Só mesmo na ENDE (Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade) para adquirir um contrato é uma luta”, lamenta Marcos Nhanga.
Na opinião do professor Onésio Jungo, igualmente morador há cinco anos, a deslocação do Presidente à região"deveria trazer ganhos, na verdade uma barragem, mas ainda assim notamos um défice de fornecimento de electricidade no Município de Cacuso, a maior parte da vila anda às escuras”.
Mais de cinco mil milhões de metros cúbicos de água são armazenados nas albufeiras das barragens de Laúca e Capanda, mas falta água.
“Precisamos de ajuda para Cacuso a população a água não temos, água no Município de Cacuso. E o que estamos a ver também a energia está muito cara, nós pagamos mensal cinco mil (kwanzas) é muito caro”, diz Maria Pereira, soba de Cacuso, quem pediu que "o senhor Presidente nos ajude para ver se reduzimos um pouco o preço da energia”.
O administrador de Cacuso, Manuel Van-Dúnem, admite que a visita de João Lourenço poderá impulsionar a execução de algumas que carecem de reforço financeiro.
Durante a sua visita, o Presidente reafirmou o compromisso do Governo norte-americano, que, através do EXIM Bank, vai financiar com dois mil milhões de dólares a produção de energias renováveis.
“Para satisfazer as necessidades de energia, incluindo ligações domiciliares nas quatro províncias do sul do país, nomeadamente Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubando”, conclui.
Os parques fotovoltaicos vão ocupar uma superfície de mais de 400 mil quilómetros quadrados.
A actual capacidade energética de Angola aproxima-se em sete mil megawatts.
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