A agência de notação financeira Moody's baixou a notação do risco soberano de Angola de Ba2 para B1, com perspectiva negativa.
Na sua nota justifica, a Moody´s diz que essa perspectiva negativa "reflecte os desequilíbrios em curso no mercado de câmbio, que, à luz das opções diminuídas para reabastecê-los, vai continuar a colocar pressões descendentes sobre as reservas oficiais de divisas e sobre a moeda".
A agência afirma ainda que a posição financeira do Governo angolano e da posição externa do país "deterioraram-se acentuadamente" em virtude do "choque" da quebra dos preços do petróleo, nesses últimos dois meses.
O baixo preço do crude no mercado internacional continua a pressionar a economia angolana que depende do petróleo, cujo mercado não vislumbra uma melhoria significativa a curto prazo.
No meio de uma forte crise económica e financeira, com fortes consequências nível social, o Governo de Angola pediu ajuda financeiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), cujas negociações iniciaram-se há duas semanas aqui em Washington.
Uma missão do FMI é esperada no próximo mês em Luanda.