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Mondlane, com termo de identidade e residência, diz desconhecer a acusação da PGR


Venâncio Mondlane
Venâncio Mondlane

O antigo candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane disse desconhecer o crime que motivou a sua convocatória à Procuradoria Geral da República nesta terça-feira, 11, onde foi ouvido por oito horas, no fim das quais foi-lhe imposto o termo de identidade e residência.

A PGR acusa Mondlane de incitação à violência nas manifestações pós-eleitorais.

Por seu lado, poucos minutos depois de entrar na PGR, a sua equipa informou que apresentou uma queixa-crime contra o Presidente da República.

Venâncio Mondlane chega à PGR com uma multidão à sua espera
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"Foi-me feita uma saraivada de perguntas que justificou este tempo todo. São perguntas que têm a ver com a promoção das manifestações, a incitação à violência, os prejuízos à economia. Eu respondi essas perguntas sem saber exatamente de que crime sou acusado", disse Venâncio Mondlane aos jornalistas.

Ele informou que foi-lhe "aplicada uma medida sancionatória e de limitação", o que significa que "eu não me posso deslocar sem avisar a Procuradoria, não posso ficar por mais de cinco dias fora da minha casa".

Mondlane criticou a morosidade da justiça moçambicana, com processos que "não têm praticamente andamento nenhum", mas, ainda segundo ele, no caso dele "tem comunicados de imprensa, tem toda esta celeridade incrível, e com este aparato todo que é feito".

"Eu questionei a parcialidade da própria procuradoria e disseram que vão nos dar a oportunidade de nos explicarem, processo por processo, em que estágio, em que esses processos foram feitos”, disse o antigo candidato presidencial à imprensa.

Mondlane voltou a acusar a polícia.

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"A Polícia da República de Moçambique, com agentes qualificados e bem treinados, fizeram vandalização de armazéns, de lojas e de empreendimentos, e depois convocaram a população faminta para fazer o saque”, concluiu o antigo candidato presidencial.

Ao apresentar uma queixa-crime contra o Presidente da República, Mondlane acusa Daniel Chapo de instigação à violência no seu discurso sobre "jorrar sangue" para travar protestos.

“No mais alto pedestal da magistratura, que jurou fazer respeitar a constituição (...) espezinha a lei mãe, quando em causa está a eliminação de quem, legitimamente, reclama, nos marcos constitucionais da lei, por justiça, neutralidade e imparcialidade dos órgãos eleitorais e da alta corte da magistratura eleitoral”, lê-se na queixa entregue à PGR.

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