O antigo candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane entregou nesta terça-feira, 11, uma queixa-crime contra o Presidente de Moçambique, que, segundo ele, continua a dar ordens executivas às forças policiais e às Forças de Defesa e Segurança, na qual exige uma indemnização aos que perderam os seus familiares durante protestos.
Mondlane acusa Daniel Chapo de instigação à violência no seu discurso sobre "jorrar sangue" para travar protestos.
“No mais alto pedestal da magistratura, que jurou fazer respeitar a constituição (...) espezinha a lei mãe, quando em causa está a eliminação de quem, legitimamente, reclama, nos marcos constitucionais da lei, por justiça, neutralidade e imparcialidade dos órgãos eleitorais e da alta corte da magistratura eleitoral”, lê-se na queixa entregue à PGR, divulgada pela sua assessoria momentos depois de começar a ser ouvido.
O antigo candidato presidencial pediu ainda que seja constituído assistente do mesmo processo no qual indica que não "houve coincidência" face ao seu alegado atentado em 5 de março, durante uma passeata na capital moçambicana, indicando que o veículo que o transportava foi atingido por seis balas, tendo sido baleadas 16 pessoas, como avançou a Plataforma Decide.
Vários apoiantes de Mondlane o esperavam às nove horas quando chegou para ser ouvido, tendo dito na ocasião "estou tranquilo".
Numa curta declaração aos jornalistas, ele classificou a audiênciade "parcial e partidocrata".
Entretanto, uma hora depois, com o acumular de pessoas à porta da PGR, a polícia lançou gás lacrimogéneo e recorreu a brigadas cinotécnicas para afastar os apoiantes da zona mais próxima do edifício.
Venâncio Mondlane chegou à PGR cerca das 09:00 locais, ouvindo-se já na altura alguns gritos de apoio.
Venâncio Mondlane continua a ser ouvido na PGR.
Fórum