Em Moçambique, economistas defendem a transparência na aplicação do plano de reestruturação de empresas públicas anunciado pelo Presidente Filipe Nyusi, como parte dos esforços para reduzir o impacto da suspensão do apoio internacional ao Orçamento de Estado.
A questão da dívida pública foi tema dominante nas intervenções que Filipe Nyusi fez durante a sua visita à cidade de Maputo, tendo afirmado que o Governo iniciou um processo visando mitigar o impacto do elevado endividamento do país.
O estadista moçambicano referiu que pelo menos 20 das cerca de 40 empresas públicas que o Estado tem estão em processo de restruturação e de reavaliação da pertinência da sua existência.
Economistas afirmam ser positiva a ideia, mas defendem que a reestruturação deve ser feita com transparência e que as reformas sejam direccionadas para aquilo que danifica o orçamento e não para aquilo que é meramente secundário.
O estadista moçambicano sublinhou, nas suas intervenções durante a visita à cidade de Maputo, terminada este fim-de-semana, ser importante reduzir o endividamento e fazer a contenção dos gastos.
"É verdade que não há uma cultura de contenção de gastos e o que estamos a fazer é no sentido de incentivar que se passe de palavras a acções muito concretas em todas as empresas públicas ou participadas pelo Estado", destacou Filipe Nyusi.
Refira-se que alguns parceiros de cooperação suspenderam o seu apoio ao Orçamento de Estado moçambicano, após a revelação de dívidas que tinham sido ocultadas nas contas públicas.