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Moçambique perde luta contra subnutrição infantil


Mais de duas em cada cinco crianças sofrem da doença

Moçambique não regista, desde 2008, nenhum progresso na luta contra a desnutrição crónica, um problema que afecta cerca de 43 por cento das crianças moçambicanas de zero a cinco anos de idade.

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A desnutrição crónica em Moçambique esteve em debate, no fim-de-semana, em Maputo, na sequência da visita, ao país, da assistente do secretário-geral das Nações Unidas e coordenadora do Movimento Expandindo a Nutrição, Gerda Verburg, para quem, "ainda há muito trabalho a ser feito na luta contra este mal" neste país.

De acordo com o Secretariado Técnico da Segurança Nutricional (SETSAN), mais de duas entre cinco crianças menores de cinco anos que vivem em Moçambique, sofrem de desnutrição crónica.

A activista social e antiga primeira-dama de Moçambique, Graça Machel, diz ser importante olhar para este problema como tarefa de todo o Governo, "a começar mesmo pela liderança central do Executivo, seja ao nível do Presidente da República, seja ao nível do primeiro-ministro".

Machel destacou que "a liderança para se vencer a fome e promover a nutrição tem que estar ao nível do chefe do Governo porque é lá onde está o comando para que o Ministério da Agricultura possa produzir alimentos com a necessária diversidade".

Entretanto, o Governo responde estar a tentar descentralizar a implementação do Plano Nacional de Luta Contra a Desnutrição Crónica para assegurar que as acções atinjam as populações mais vulneráveis, segundo Edna Possolo, do Ministério da Saúde.

Possolo explicou que no âmbito da descentralização algumas províncias já beneficiaram de assistência técnica, para facilitar a implementação do plano de combate à desnutrição crónica.

Em Moçambique, cerca de 45 por cento das mortes de crianças menores de cinco anos, estão associados à mal nutrição.

Mais de um 1,500 milhões de crianças, do zero aos cinco anos de idade, ainda sofrem de desnutrição crónica, em Moçambique.

As províncias do Niassa, Nampula, Cabo Delgado e Zambézia são as que mais casos de desnutrição crónica registam.

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