A crise da dívida moçambicana e o baixo preço do petróleo não irão afectar o projecto de gás de 1.4 mil milhões de dólares americanos da Sasol no país, disse hoje a empresa.
A razão disso, disse a companhia à Reuters, é o facto de os custos do referido projecto serem cobertos por fundos próprios e das receitas da venda de gás.
Moçambique está mergulhado numa crise após a revelação, há dois meses, de uma divida de mais de 1.3 mil milhões de dólares, na sequência da qual o Fundo Monetário Internacional interrompeu negociações e os principais doadores suspenderam o apoio directo ao Estado.
“Não vejo impacto disso em nós devido à crise da dívida”, disse à Reuters John Sichinga, chefe de exploração e produção na Sasol.
Ele explicou que a Sasol continuará com os seus projectos de gás e petróleo, porque as obrigações financeiras do governo moçambicano virão das receitas do gás.
A Sasol está em Moçambique por longo tempo e terá momentos de crise e recuperação, acrescentou.
O projeto de gás é detido em 70 por cento pela Sasol, 20 por cento são da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, e cinco por cento da International Finance Corporation.
No âmbito do referido projecto, na província de Inhambane, a Sasol iniciou, semana passada, primeiro dos 12 poços de petróleo e gás, esperando que, em 2019, arranque a produção.
A Sasol produz desde 2004, em Pande e Temane, província de Inhambane, gás cujo principal mercado é a África do Sul.