Em Moçambique, arranca na próxima Quarta-feira o processo que conduzirá à desmilitarização e integração socioeconómica dos guerrilheiros da RENAMO, uma das fases mais importantes da implementação do recente acordo sobre a cessação das hostilidades militares em Moçambique.
Com efeito, peritos militares do Botswana, Zimbabwe, África do Sul, Quénia, Portugal, Estados Unidos da América, Itália e Reino Unido, deslocam-se a partir de 29 de Outubro às diversas províncias moçambicanas, para identificar e integrar os guerrilheiros da RENAMO.
O anúncio foi feito esta Segunda-feira, em Maputo, no início de mais uma ronda negocial entre o Governo de Moçambique e a RENAMO. Durante a sessão, o negociador-chefe da RENAMO, Saimon Macuaiane, disse que antes da ida ao terreno dos peritos militares, é necessário que seja aprovado o modelo da integração e enquadramento dos guerrilheiros.
"O mais importante é a aprovação do modelo de integração e enquadramento, porque mesmo que os peritos militares se desloquem agora às províncias, antes da aprovarmos esse modelo, só vão verificar se as partes estão a violar ou não o acordo e não irão trabalhar na fase subsequente deste processo", disse Macuiane.
Por seu turno, José Pacheco, chefe da delegação governamental, diz ser fundamental que a RENAMO apresente as listas dos guerrilheiros a serem desmobilizados, para a criação de condições logísticas.
Esclareceu ainda que só com essas listas é que será possivel identificar e integrar os guerrilheiros da RENAMO, a partir do próximo dia 29.
Entretanto, segundo José Pacheco, estão disponíveis nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique-FADM e na polícia, 300 vagas para os guerrilheiros da RENAMO ,à luz do acordo de cessar-fogo assinado a cinco de Setembro passado.
Refira-se que ainda hoje, 27, as partes iniciaram a discussão sobre a despartidarizacao da Função Pública