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Parlamento moçambicano coloca acordo de paz na agenda


Ivone Soares, deputada da Renamo
Ivone Soares, deputada da Renamo

A quinta sessão da Assembleia da República de Moçambique, que arranca na segunda-feira, 27, terá a paz como principal ponto da agenda, na qual também deve figura o debate sobre a descentralizacão.

Consolidação da paz em destaque na próxima sessão legislativa moçambicana
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Ivone Soares, chefe da bancada parlamentar da Renamo, garante que o seu partido vai priorizar a paz.

"Temos de contribuir para que haja uma linguagem que ajude aos moçambicanos a construírem os consensos necessários que não se parte pela violência e que a violência seja o recurso a que ninguém sinta a vontade de recorrer porque só nos cria problemas, só nos cria dor, desgraças nas nossas famílias", disse Soares.

Para a Frelimo, a prioridade nesta sessão será o desarmamento da Renamo, "tal e qual manda a Constituição da República".

"Há um esforço enorme, particularmente do Presidente Filipe Jacinto Nyusi, para uma paz definitiva e nós como deputados faremos eco das suas palavras e das suas acções", disse o porta-voz da maioria, Edmundo Galiza Matos Júnior.

Apesar de não estar integrada no diálogo que prepara o pacote de descentralização a ser submetido ao parlamento, Lutero Simango, chefe da bancada do MDM, diz que o seu partido irá dar a melhor contribuição para o alcance da paz.

"A maior preocupação dos moçambicanos é de facto resgatar a paz, a paz que tem que ser realmente efectiva, não pode ser condicionada, muito menos emprestado, dai que na nossa bancada continuaremos a dizer que nós todos queremos uma paz efectiva é real, queremos que a paz seja de todos moçambicanos", comentou Simango.

Por seu lado, o jornalista e analista político Luís Mazoio acredita que com os passos dados pelas lideranças políticas estão criadas as condições para que o Parlamento chancele o pacote da descentralização.

"Os últimos sinais são bastante encorajadores e o Parlamento pode não ser fundamental, mas pode servir de notário e chancelar os acordos feitos lá fora", explica Mazoio, lembrando que "tal como aconteceu das outras vezes, como no pacote eleitoral, quando chegou ao Parlamento foi logo chancelado".

A quinta sessão da Assembleia da República decorre até 11 de Maio.

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