A Renamo defendeu nesta terça-feira, 20, a continuidade da presença de mediadores internacionais em qualquer modelo de negociações para o restabelecimento da paz em Moçambique.
A reacção surge depois de o Presidente da República ter defendido a criação de um grupo de trabalho independente, mas sem os mediadores internacionais.
Um dia depois de Filipe Nyusi ter defendido a criação de uma nova equipa para discutir a descentralização, o maior partido da oposição disse, no seu discurso de encerramento da sessão legislativa do Parlamento, que só a presença da mediação pode garantir negociações equilibradas.
Depois de mais de três meses a tentar gerar consensos entre as delegações do Governo e da Renamo, na mesa da comissão mista, os mediadores abandonaram sem glória a sua missão.
Com a nova proposta do Chefe de Estado, a Renamo não tem dúvidas que os mediadores estão definitivamente a ser descartados, como disse a líder parlamentar daquele partido Ivone Soares.
O MDM continua a reclamar da exclusão e garante que o novo modelo não terá pernas para andar nem trazer uma paz sustentável, enquanto não haver um diálogo alargado.
A Frelimo diz que a solução para a paz está nas mãos da Renamo, que deve aceitar o modelo sugerido por Filipe Nyusi.