O ano de 2017 em Moçambique antevê-se como muito difícil a questão da tensão político-militar não se resolver e se não se esclarecer o problema das dívidas escondidas.
A opinião é de quase todos os analistas ouvidos pela VOA que avisam que este ano pode ser ainda pior que o de 2016, “que foi difícil”.
Para Munira Abdul, gestora económica, a crise económica, a par da tensão militar, foi a que mais sufocou os moçambicanos no ano prestes a terminar, sublinhando que do ponto de vista turístico, "2016 foi um ano péssimo".
Por seu turno, o economista e director do Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE), António Francisco, afirmou que em 2017, "os moçambicanos devem esperar uma situação complicada porque, a nível económico Moçambique, praticamente não renunciou à dívida que tem, mas indirectamente está a dizer que não consegue pagá-la".
O presidente da Associação Moçambicana de Panificadores, Vítor Miguel considerou, igualmente, que "olhando para aquilo que foi 2016, que foi um ano atípico e extremamente difícil para os moçambicanos, devido à conjuntura económica adversa, agravada pela tensão político-militar, em 2017 a nossa situação vai continuar a ser extremamente difícil".