Após a realização das eleições autárquicas, Moçambique entra agora na fase de preparação das presidenciais e legislativas de 2014.
Vários analistas dizem que essa realidade deverá funcionar como um factor de pressão sobre a Frelimo e a Renamo no sentido de acabarem, rapidamente, com a presente tensão político-militar no país. O recenseamento para essas eleições começa já em Janeiro próximo e a sua realização poderá pressionar as partes em conflito, sobretudo a Renamo, a chegarem a um entendimento.
É que a Renamo, que boicotou as eleições municipais do mês passado, se não se chegar a acordo, nas presidenciais e legislativas do próximo ano, poderá ficar de fora, correndo o risco de se ver completamente marginalizado do processo político moçambicano.
Vários analistas dizem que os ataques armados que a Renamo tem vindo a intensificar, nos últimos tempos, são uma forma de pressão sobre o Governo para se chegar a um acordo, sobretudo tendo em conta que a saída do Presidente Armando Guebuza, do poder, é um assunto que ela pretende capitalizar.
E o deputado Ismael Mussá diz mesmo que seria mau para o país se a Renamo ficasse de fora, porque muitas pessoas vão deixar de participar na vida política do país. “ Nós assinámos um acordo que permitiu que estivéssemos em paz até hoje, e esse acordo pressupôs que essas pessoas seriam integradas, e uma das formas de integração foi por vários processos que se criaram, e as eleições foi uma delas”, disse Ismael Mussá.
E a Frelimo veria com bons olhos a participação da Renamo nas próximas eleições, porque quanto maior for o número de adversários, melhor, não só para a dispersão de votos, como também para uma maior democraticidade do processo.
Mas um outro factor que poderá acelerar o fim da presente tensão em Moçambique, é a entrada de um elemento novo no diálogo, que é a participação de observadores, algo que vinha sendo rejeitado pelo Governo.
A igreja católica, que tem estado bastante activa na pacificação em Moçambique, diz que isso já é positivo, apesar de ser um pequenino passo.
O bispo auxiliar de Maputo, e porta-voz da Conferencia Episcopal de Moçambique, Dom João Nunes, afirmou que “está-se a caminhar. O grande problema é dar forma a esse diálogo que todos nós falamos e dizemos. Agora já se diz que um bom diálogo exige a ajuda de outros, porque senão se torna mais do que diálogo, uma imposição de cada parte”.
Ramos Miguel,VOA-Maputo
Vários analistas dizem que essa realidade deverá funcionar como um factor de pressão sobre a Frelimo e a Renamo no sentido de acabarem, rapidamente, com a presente tensão político-militar no país. O recenseamento para essas eleições começa já em Janeiro próximo e a sua realização poderá pressionar as partes em conflito, sobretudo a Renamo, a chegarem a um entendimento.
É que a Renamo, que boicotou as eleições municipais do mês passado, se não se chegar a acordo, nas presidenciais e legislativas do próximo ano, poderá ficar de fora, correndo o risco de se ver completamente marginalizado do processo político moçambicano.
Vários analistas dizem que os ataques armados que a Renamo tem vindo a intensificar, nos últimos tempos, são uma forma de pressão sobre o Governo para se chegar a um acordo, sobretudo tendo em conta que a saída do Presidente Armando Guebuza, do poder, é um assunto que ela pretende capitalizar.
E o deputado Ismael Mussá diz mesmo que seria mau para o país se a Renamo ficasse de fora, porque muitas pessoas vão deixar de participar na vida política do país. “ Nós assinámos um acordo que permitiu que estivéssemos em paz até hoje, e esse acordo pressupôs que essas pessoas seriam integradas, e uma das formas de integração foi por vários processos que se criaram, e as eleições foi uma delas”, disse Ismael Mussá.
E a Frelimo veria com bons olhos a participação da Renamo nas próximas eleições, porque quanto maior for o número de adversários, melhor, não só para a dispersão de votos, como também para uma maior democraticidade do processo.
Mas um outro factor que poderá acelerar o fim da presente tensão em Moçambique, é a entrada de um elemento novo no diálogo, que é a participação de observadores, algo que vinha sendo rejeitado pelo Governo.
A igreja católica, que tem estado bastante activa na pacificação em Moçambique, diz que isso já é positivo, apesar de ser um pequenino passo.
O bispo auxiliar de Maputo, e porta-voz da Conferencia Episcopal de Moçambique, Dom João Nunes, afirmou que “está-se a caminhar. O grande problema é dar forma a esse diálogo que todos nós falamos e dizemos. Agora já se diz que um bom diálogo exige a ajuda de outros, porque senão se torna mais do que diálogo, uma imposição de cada parte”.
Ramos Miguel,VOA-Maputo