Nascimento – 1 Janeiro de 1953
Localidade: Magunde, província de Sofala
Ocupação – Presidente da RENAMO, Político
Dhlakama ascendeu à liderança da RENAMO apos a morte de André Matsangaissa, às mãos das forças governamentais moçambicanas em 1979. Dhlakama competiu como candidato da RENAMO nas três anteriores eleições presidenciais multipartidárias.
Quem é Afonso Dhlakama?
Afonso Dhlakama nasceu a 1 de Janeiro de 1953, em Mangunde, distrito de Chibabava, na província central de Sofala, e é hoje um dos mais destacados políticos moçambicanos. E foi no regulado de Mangunde, um povoado pobre, onde Dhlakama forjou a sua maneira de ser: determinado.
Após a morte, em 1979, pelas tropas governamentais, do primeiro presidente da Renamo, André Matsangaissa, Dhlakama torna-se o homem forte deste movimento guerrilheiro.
Antes de se juntar á RENAMO, Afonso Dhlakama era militar das forças armadas moçambicanas.
A sua tomada de posição face ao prosseguimento da luta de guerrilha iniciada por Matsangaissa, foi o seu primeiro grande gesto contra o socialismo, e desde então tem sido o grande defensor dos ideais da RENAMO, tornando-se, por isso, uma figura polémica em alguns círculos políticos moçambicanos, sobretudo pela forma como fugiu do exército moçambicano.
Na RENAMO, segundo Odete de Sousa, Dhlakama é considerado um político realista que defende a identidade deste movimento. Ele sabe tomar decisões e, acima de tudo, é um homem de justiça, aparentemente, tendo sido por isso que em 2009, foi reeleito presidente do Partido, derrotando Rogério Francisco Joao.
Até 1984, Afonso Dhlakama era comandante em chefe das forças da Renamo e ao mesmo tempo Presidente do Conselho Executivo do movimento, uma espécie de Governo sombra, constituído por 12 membros.
Foi sob o comando de Dhlakama que a RENAMO teve alguma ascendência na sua luta contra o Governo moçambicano, controlando algumas partes do País. A guerra terminou em 1992, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, tendo a RENAMO se tornado um Partido político da oposição, ainda na década de 90.
Mas a grande experiência política de Afonso Dhlakama aconteceu quando ele concorreu para as primeiras eleições multipartidárias em Moçambique, em 1994, alcançando 33.7 % dos votos, contra 52.3 % de Joaquim Chissano, com quem assinara o acordo de paz, em Roma.