O Estado moçambicano foi desfalcado em mais de um milhão e duzentos mil dólares só nos primeiros seis meses do ano, por acções de corrupção protagonizadas por funcionários públicos.
A Procuradoria acusa os bancos comerciais de não colaborarem com o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), para a detecção de transações suspeitas.
Só de Janeiro a Junho do corrente ano, o GCCC registou 474 processos , em conexão com os quais foram detidos 90 cidadãos.
Desse número, 61 foram detidos em plena prática de actos corruptos; 52 destes casos estão relacionados com desvio de fundos do Estado, revelou Eduardo Sumana, porta-voz do GCCC.
O desvio de cerca de 1.2 milhões de dólares americanos foi protagonizado maioritariamente por operadores do e-SISTAFE, sistema electrónico através do qual o Estado procede ao pagamento dos seus fornecedores.
O GCCC deu indicação de que o esquema inclui a criação de empresas fictícias.
A Procuradoria Geral da República lamenta o facto de os bancos comerciais não colaborarem na operacionalização da Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais.
Esta entidade alega que os bancos comerciais omitem ou reportam tardiamente ao GCCC os casos de transações suspeitas que dão entrada nos seus balcões.