Membros da comunidade moçambicana na África do Sul comemoram os 40 anos da independência com olhos postos em casa, depois de duas ondas de violência contra imigrantes africanos no país.
Os emigrantes dizem que a África do Sul deixou de ser acolhedora e que com a paz prevalecente em casa já podem regressar para ajudarem no desenvolvimento do país.
A África do Sul acolhe a maior comunidade moçambicana no estrangeiro.
Muitos atravessaram a fronteira para fugirem ao conflito armado entre o Governo e a Renamo, apoiada pelo então regime do apartheid.
Para o embaixador Fernando Fazenda, há pessoas aparentemente distraídas que se esqueceram da destruição gratuita dos grandes projectos de desenvolvimento económico concebidos pelo novo Estado independente.
A filha do antigo Presidente Samora Machel, proclamador da independência nacional, considera que a juventude é a solução dos problemas que o jovem Estado de 40 anos enfrenta.
Por seu lado, Ananias Banze, conselheiro da comunidade moçambicana em Pretória, que vive na África do Sul desde a década de 1960, diz que o seu país está melhor hoje do que no passado.
As celebrações dos 40 anos da independência nacional na África do Sul prosseguem toda a semana até próximo mês em diversas regiões do país.