Moçambicanos estão a perder o estatuto tradicional de melhores trabalhadores nas minas sul-africanas por causa de roubo de ouro ou de cabos eléctricos, para a extracção de cobre.
Só na região aurífera de Free State, 300 quilómetros a ocidente de Joanesburgo, cerca de 60 moçambicanos foram expulsos desde Janeiro deste ano.
O facto foi revelado à VOA pelo chefe regional das comissões dos mineiros moçambicanos, Bernardo Filipe Novela.
O roubo de ouro e de cabos eléctricos para a extracção de cobre ocorre basicamente nas minas de ouro.
Entretanto, a introdução de novas tecnologias de produção e a nova legislação laboral na África do Sul afectam em geral a mão-de-obra moçambicana nas minas sul-africanas.
As companhias mineiras já não recrutam moçambicanos e outros estrangeiros e os que existem são gradualmente substituídos por máquinas ou por cidadãos locais.
Entre as décadas de 1960 e 1970, Moçambique chegou a ter 100 mil trabalhadores nas minas sul-africanas, mas na actualdade tem apenas cerca de 30 mil mineiros, a maior parte deles nas minas de platina.
No ano passado, as minas de platina promoveram um despedimento voluntário da mão-de-obra, oferecendo pacotes aliciantes.
Muitos moçambicanos deixaram as minas, mas alguns já estão arrependidos por continuaram no desemprego.