Um novo escândalo de brutalidade contra emigrantes moçambicanos envolvendo membros das forcas de defesa e segurança está a abalar a África do Sul.
Dois militares estão a contas com a justiça na sequência de uma severa agressão de um emigrante moçambicano na região da fronteira de Lebombo entre Moçambique e a África do Sul.
A identidade da vitima ainda não é conhecida, mas o Ministério sul-africano da Defesa reconhece que os dois militares estão suspensos das suas funções e detidos por causa da tortura de um moçambicano, acusado de roubo de dinheiro.
O Presidente Jacob Zuma anunciou a colocação de forças militares nas fronteiras para travarem o fluxo de emigrantes ilegais para a África do Sul, na sequência da nova onda da xenofobia registada em Abril.
Entretanto, fora dos corredores militares, ninguém sabe ao certo quando é que ocorreu o incidente contra o emigrante moçambicano.
O assunto foi despoletado pela televisão pública sul-africana e confirmado pelo Ministério da Defesa.
Oficiais militares dizem que viram as imagens da tortura filmadas por telemóvel em finais de Julho e agiram imediatamente, suspendendo e detendo os autores.
Segundo fontes da Defesa, 265 funcionários da instituição castrense sul-africana cometeram vários crimes este ano, incluindo homicídio e agressão.
A embaixada de Moçambique na África do Sul está a trabalhar no sentido de identificar a vitima da agressão pelos militares.