Um emigrante moçambicano foi detido em flagrante com dois comparsas a roubarem cabos para a extracção de cobre nos escombros de uma casa queimada pelos residentes revoltados com a venda de drogas e prostituição em Rosettenville, na África do Sul.
A tentativa de roubo aconteceu antes de o ministro sul-africano dos Assuntos Internos visitar a casa destruída.
Malusi Gigaba apelou à calma e prometeu que os Serviços de Migração vão lidar com imigrantes sem documentos de residência.
Para os membros da comunidade, a coragem do trio de tentar roubar à luz do dia e pouco antes da visita do ministro é uma clara demonstração de que o crime está mesmo à solta na cidade de Joanesburgo, com os nigerianos a serem os mais acusados.
Emigrantes de outros países africanos, incluindo moçambicanos, dizem-se desesperados por falta de documentos legais de residência.
O Ministério dos Assuntos Internos promete fazer limpeza a pente fino no meio da pressão e protestos contra a proliferação de drogas e prostituição, envolvendo basicamente emigrantes nigerianos.
Os residentes querem uma auditoria aos processos das casas adquiridas por estrangeiros ora usadas como prostíbulos e lojas de venda de drogas pesadas.
O presidente da comunidade nigeriana reconhece que os residentes de Rosettenville estão zangados por causa da criminalidade.
Ike Anyene referiu-se à ausência da lei porque muitas casas foram queimadas.
No entanto, considera que por experiência própria todos os africanos negros na África do Sul que não sejam da região da África Austral são confundidos com nigerianos.