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Moçambique reforça vigilância sanitária para detectar o coronavírus nas fronteiras


Coronavírus.
Coronavírus.

O ministério da Saúde de Moçambique anunciou, nesta 5ª feira, 5, o reforço dos níveis de vigilância sanitária junto das fronteiras com a África do Sul, para detectar possíveis casos de entrada de pessoas portadores do coronavírus no país.

Moçambique reforça vigilância sanitária para detectar o coronavírus nas fronteiras
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O reforço destas medidas foi anunciada pelo ministro da Saַúde, Armindo Tiago, em conferência de imprensa em Maputo, a capital moçambicana.

O reforço abrange as fronteiras da Ponta D’Ouro, Goba e Ressano Garcia, a maior que liga Moçambique e África do Sul.

Devido ao anúncio do primeiro caso na África do Sul, o governo moçambicano apelou aos cidadãos para reforçar as medidas de protecção.

Antes o presidente Filipe Nyusi havia apelado a população para “evitar estar nos espaços altamente aglomerados para minimizar a facilidade de contaminação, evitar viagens a países onde se reporta a ocorrência do vírus”.

Impacto na economia

O país não tem nenhum caso conhecido de coronavírus, mas a doença já está a ter um impacto negativo na economia, com comerciantes a enfrentar dificuldades para importar mercadorias, segundo atestam as empresárias Sara de Almeida e Yolanda Timbana.

“Estamos numa fase de muita incerteza em termos do andamento do negócio, pois tenho mercadorias que estão pagas na China e que não podem embarcar, porque os armazenistas e fabricantes não estão a trabalhar”, diz Sara de Almeida.

Yolanda Tamele diz que “o coronavírus já está a afectar o meu ramo de negócios, estou a ficar sem stock e não tenho como repor, a nossa maior fornecedora é a China, em particular Guangzhou, e não temos como lá entrar”.

A limitação de viagens afecta também os empresários chineses baseados em Moçambique, como Liu Lian, da área de comércio de matérias em vidro e alumínio.

“Estamos mal, porque na China não há pessoas a trabalhar e está difícil importar o material para Moçambique” diz Lian, que acrescenta que “os meus colegas que foram à China já não podem voltar, porque o governo não permite a sua saída do país”.

Por outro lado, aumenta o número e cidadãos, vindos de alguns países afectados pela doença, que estão em quarentena preventiva em várias províncias de Moçambique.

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