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Moçambique: Profissionais de saúde suspendem serviços mínimos nos hospitais porque "agravou-se o assédio"


Hospital Central de Maputo. Av. Eduardo Mondlane. Moçambique Setembro 2014
Hospital Central de Maputo. Av. Eduardo Mondlane. Moçambique Setembro 2014

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) decidiu suspender os serviços mínimos nos hospitais que, como impõe a lei, tem respeitado desde o início da greve a 29 de abril devido à falta de consenso com o Governo, que acusa de "agravar os assédios e ameaças".

Grevistas denunciam agravamento de intimidações
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Em conferência de imprensa, o coordenador da APSUSM em Nampula lembrou nesta segunda-feira, 13, lembrou que a organização tinha avisado "que se tentativas de perturbar o gozo do direito a greve continuassem tomaríamos uma atitude drástica".

"Agravou-se o assédio. Os profissionais recebem chamadas de chefes de Recursos Humanos ameaçando suspender salários e abertura de processos caso estes se recusem a ir trabalhar", revelou Lopes Juma Remane.

"Neste sentido, suspendemos os serviços mínimos em todo o país e a greve continua", afirmou Lopes Juma Remane, quem sublinhou que eles continuam a reivindicar, entre outras exigências, a falta de material médico nas unidades sanitárias, enquadramentos definitivos, pagamento de horas extraordinárias e subsídios de turno.

Na semana passada, o ministro da Saúde disse que 60 mil profissionais do setor já foram reenquadrados e que o pagamento de horas extraordinárias em atraso aos funcionários está a ser resolvido.

Armindo Tiago afirmou também que o Governo está a reabilitar unidades sanitárias, mas lembrou que “a melhoria das condições de trabalho não é apenas uma etapa, é um processo dinâmico, e nós achamos que o Governo está a dar soluções aos assuntos de forma paulatina".

O porta-voz da APSUSM acrescentou que os profissionais "acompanharam com preocupação" o anúncio do ministro da Saúde e que tudo não passa de "falácias do Governo para nos enganarem novamente".

"A realidade é que estamos em greve em todo o país, as unidades sanitárias só estão a funcionar com os serviços mínimos", afirmou Lopes Juma Remane.

A greve está prevista para terminar a 29 de maio.

O Governo ainda não reagiu à suspensão dos serviços mínimos.

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