Morreu, nesta quinta-feira, 29, Dimas, um dos cantores mais populares de Moçambique.
O músico foi vítima de doença, em Maputo, escreve o diário “Notícias”, da capital moçambicana.
O cantor, nascido Augusto Dimande, a 13 de Agosto de 1956, atingiu o pico da popularidade na década de 1990, quando lançou temas como Txotxoloza e Hlomulo, que foram distinguidos no Ngoma Moçambique, principal premiação nacional de música, organizada pela Rádio Moçambique.
Os dois temas foram incluídos em colectâneas. O Txotxoloza ganhou uma versão do guitarrista moçambicano Amável Pinto no disco EU.TU.PIA, de 2013.
Além de explorar a marrabenta e outros ritmos de Moçambique, Dimas era um aficionado da soul music, que marcou a sua iniciação musical, na década de 1970, em Maputo, sua terra natal.
Em meados dessa década, Dimas teve o previlégio de trabalhar com os incontornáveis Alexandre Langa e Fanny M’Pfumo. Com Langa, em particular, colaborou nas formações Sunlight (também conhecido por ‘A Luz do Sol’ e ‘Quarteto 1001’.
Além das premiações no “Ngoma Moçambique”, um dos momentos marcantes da carreira de Dimas foi a participação, em 2014, no disco “Tributo a Alexandre Langa”, interpretando “alunya”, com a cumplicidade do baixista Nando.
“É uma oportunidade impar participar na homenagem a Alexandre Langa, meu saudoso colega no Quarteto 1001. Revivi os momentos em que nos ensinava as técnicas de mubatlanga,” disse Dimas na altura.
Dimas, que era também gestor de recursos humanos, investiu na produção de discos de outros artistas, tendo para tal criado a Diamante Produções.