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Moçambique: Magistrados e investigadores são alvo de "tentativas de intimidação", diz PGR


Beatriz Buchili, Procuradora-Geral da República, Moçambique
Beatriz Buchili, Procuradora-Geral da República, Moçambique

Beatriz Buchilli diz os alvos são os ligados a crimes de terrorismo, tráfico de drogas e branqueamento de capitais

A Procuradora-Geral da República (PGR) de Moçambique disse que magistrados e investigadores estão a ser alvo de "tentativas de intimidação", principalmente aqueles que têm em mãos processos ligados a crimes de terrorismo, tráfico de drogas e branqueamento de capitais, bem como na recuperação de ativos nestes processos.

Na abertura da reunião dos Gabinetes Centrais de Combate à Corrupção, Criminalidade Organizada e Transnacional e Recuperação de Ativos, Beatriz Buchilli encorajou "os magistrados e demais colegas a não se deixarem intimidar, a continuarem firmes no cumprimento da sua missão de combate à criminalidade organizada" e assegurou que a PGR "não vai permitir que a criminalidade continue a tirar vidas e a delapidar recursos, inviabilizando o desenvolvimento nacional".

“Gostariamos de servir deste pódio para partilhar que, em resultado da nossa actuacão, temos estado a registar tentativas de intimidacão a magistrados e investigadores", disse Buchilli, quem alertou ainda que o país está a registar "o surgimento e crescimento de novos fenómenos criminais de natureza complexa, organizada e com caráter transnacional, os quais desafiam o Ministério Público a aprimorar estratégias de prevenção e combate".

Antes esses desafios, todos, a PGR apontou que o défice de recursos humanos especializados e gabinetes de recuperação de activos tem sido um grande desafio no combate a criminalidade.

No mesmo encontro, o diretor adjunto do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) informou que o país recuperou mais de 2.905 mil milhões de meticais (46 milhões de dólares) em 11 mil processos de combate à corrupção, financiamento ao terrorismo e branqueamento de capitais nos últimos dez anos, anunciou hoje o Ministério Público.

Eduardo Sumana acrescentou que nos últimos 10 anos, o Ministério Público moçambicano tramitou 11.030 processos nesta área, dos quais 10.403 tiveram desfecho, correspondendo a 94%, tendo foram sido apreendidas, ainda, 83 viaturas e recuperados 56 imóveis.

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