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Moçambique: Inundações matam três pessoas e destroem culturas em oito aldeias de Búzi


Nesta foto de arquivo, a situação no distrito de Buzi, na província de Sofala, nas cheias de 2019.
Nesta foto de arquivo, a situação no distrito de Buzi, na província de Sofala, nas cheias de 2019.

Teixeira Almeida, delegado em Sofala do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), disse que 1.256 famílias tinham sido afetadas até hoje. “Esta vaga de inundações causou oito feridos e três óbitos por descargas atmosféricas”

Pelo menos oito aldeias do distrito de Búzi, na província moçambicana de Sofala, estão com os campos agrícolas inundados, desde segunda-feira, 18, totalizando 1.748 hectares de área com culturas submersas e afetando 195 famílias, em resultado da subida do caudal do rio Búzi.

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As áreas e a população agora atingidas foram afectadas de forma severa nas cheias de 2019, que se seguiram ao ciclone Idai. A presente situação regista-se quando se aproxima um novo ciclone, que deverá atingir a costa moçambicana nesta semana.

Um balanço preliminar do distrito de Búzi, indica que duas aldeias, Chiro e Mburiquizi, junto à zona baixa do rio Búzi, cujo caudal atingiu o pico no sábado, estavam com as plantações de arroz e milho submersos, totalizando 1.650 hectares de culturas agrícolas.

Já nesta terça-feira, 19, outros 98 hectares de culturas agrícolas ficaram inundados com o aumento do caudal, que iniciou a transbordar sábado, atingindo as zonas de Estaquinha, Mupira, Mussenemo, Tchindo e Grudja (Chirere), referiu Sérgio Costa, secretário permanente do distrito de Búzi.

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“Do trabalho de monitoria que fizemos, a água tinha baixado consideravelmente de manhã, mas pouco depois o caudal do rio subiu de forma galopante” disse Sérgio Costa, adiantando que a “situação esta a tornar-se preocupante”.

A situação é precipitada pelas chuvas intensas que caem desde a semana passada e as descargas, de controlo, efetuadas nas barragens de Chicamba e Mavuzi, na província de Manica, disse.

“O número de campos agrícolas submersos vai aumentando na medida que chegam as informações do trabalho de monitoria sobre o avanço da água” disse Sérgio Costa, assegurando que as autoridades estão a mobilizar a população a abandonar “com urgência” as zonas de risco.

Actualmente, disse Sérgio Costa, há famílias camponesas que perderam apenas habitações e campos agrícolas, e outras ficaram afectadas nas duas componentes, estando em curso um levantamento para se direccionar o apoio.

O Governo distrital de Búzi aumentou de cinco para sete o número de embarcações de resgate, uma das quais disponibilizada pela administração marítima de Sofala, para “responder a casualidades que venham se registar”, durante o período chuvoso.

Entretanto, Teixeira Almeida, delegado em Sofala do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), disse que 1.256 famílias tinham sido afetadas até hoje pelas inundações nos distritos de Búzi e Nhamatanda, na província.

“Esta vaga de inundações causou oito feridos e três óbitos por descargas atmosféricas” disse Almeida, no balanço preliminar, adiantando que além de campos agrícolas varias infraestruturas sociais foram ate agora atingidos pelo fenómeno.

Por sua sua vez, a Administração Regional de Águas – ARA Centro, alertou para uma subida drástica dos caudais de muitos rios da região centro de Moçambique, devido às chuvas intensas que se registaram ao longo de segunda-feira, e apelou a população a evitar a travessia dos caudais.

Dados do distrito de Búzi indicam que 5.165 famílias dos postos administrativos sede de Búzi e Estaquinha serão afetadas de forma severa com esta época chuvosa, cujo pico se atinge entre Fevereiro e Março.

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