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Governo do Japão confere dois milhões de dólares para ajuda humanitária em Moçambique


Uma mulher deslocada da província de Cabo Delgado faz fila para receber ajuda humanitária na Escola Tribuna 21 de abril, em Namapa, distrito de Erati, província de Nampula, Moçambique, a 27 de fevereiro de 2024.
Uma mulher deslocada da província de Cabo Delgado faz fila para receber ajuda humanitária na Escola Tribuna 21 de abril, em Namapa, distrito de Erati, província de Nampula, Moçambique, a 27 de fevereiro de 2024.

Montante destina-se à assistência humanitária às populações afetadas pelo conflito em Cabo Delgado dada pelo Programa Alimentar Mundial. Os Estados Unidos anunciaram, também, apoio de mais de meio milhão para a África Subsariana.

O Governo do Japão forneceu 300 milhões de ienes, cerca de dois milhões de dólares, ao Programa Alimentar Mundial (PAM). A contribuição permitirá apoiar as populações mais vulneráveis do país com a distribuição de arroz e peixe enlatado do Japão a cerca de 48 mil deslocados internos, na província de Cabo Delgado, durante um período de seis meses.

"Esta generosa contribuição do governo japonês chega num momento crítico para o povo de Moçambique", disse Maurício Burtet, director nacional adjunto do PAM, na cerimónia de assinatura do acordo quinta-feira, 8. Mais de três milhões de pessoas enfrentavam altos níveis de insegurança alimentar aguda em Moçambique em 2023, segundo o Relatório Mundial sobre a Crise Alimentar.

Insegurança alimentar agravou-se em Moçambique
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Na base da insegurança alimentar está o conflito em Cabo Delgado, as catástrofes climáticas, sobretudo no centro e sul do país, e uma economia mais cara para os bolsos dos moçambicanos. O número de pessoas em insegurança alimentar pode ser, na verdade, mais elevado, disse Maurício Burtet, em declarações a Voz da América, em Maio deste ano.

“A assistência será prestada, através da distribuição bimensal de arroz e peixe enlatado provenientes do Japão em zonas onde as soluções baseadas no mercado não são particularmente viáveis devido aos constrangimentos e condições de segurança existentes”, informa o Governo do Japão e o PAM em comunicado. Hamada espera que o montante “contribua para a melhoria da insegurança alimentar".

"Em resposta ao grave desafio que o norte de Moçambique tem estado a enfrentar, o Governo do Japão tem estado a apoiar as pessoas através da prestação de assistência humanitária e de desenvolvimento", declarou Keiji Hamada, o Embaixador do Japão.

Devido aos constrangimentos financeiros das organizações humanitárias, em Maio, apenas 30% das pessoas em necessidade estavam a ser assistidas em Cabo Delgado, de acordo com o director nacional adjunto do PAM. “Nós temos que priorizar a assistência às comunidades mais vulneráveis”, afirmou Maurício Burtet então.

O acordo foi assinado hoje, em Maputo, entre o Embaixador do Japão em Moçambique, Keiji Hamada, e o Director Adjunto do PAM em Moçambique, Maurício Burtet. A cerimónia de assinatura contou ainda com a presença de Luísa Meque, Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), do governo moçambicano. O Japão contribuiu, desde 2019, com 26 milhões de dólares para as operações humanitárias do PAM.

Mais de 500 milhões de dólares para a África Subsariana

Os Estados Unidos anunciaram quinta-feira, 8, que vão atribuir 536 milhões de dólares em assistência humanitária adicional para a África Subsariana. O anúncio foi feito pela subsecretária para a segurança civil, democracia e direitos humanos, Uzra Zeya, em Adis Abeba, Etiópia.

Crianças em risco devido à variante do vírus da varíola nos campos de deslocação do Congo, 19 de Julho 2024
Crianças em risco devido à variante do vírus da varíola nos campos de deslocação do Congo, 19 de Julho 2024

O montante servirá para reforçar o apoio aos refugiados e comunidades afectadas pelos conflitos no continente, sendo “quase 97 milhões de dólares para os parceiros humanitários aqui na Etiópia, dos quais 87 milhões se centram nas necessidades dos refugiados”, adiantou Uzra Zeya na Embaixada dos EUA em Adis Abeba. O apoio do governo norte-americano será usado no Corno de África, no Sahel, no leste da República Democrática do Congo e noutras novas situações de emergência e prolongadas.

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