Chuvas fortes e ventos desalojar 45 famílias atingidas por inundações no início do ano e que estavam reassentadas num centro em Chimbonde, na periferia da cidade moçambicana de Tete, contaram à VOA nesta quarta-feira, 9, as vítimas e as autoridades.
O centro de reassentamento de Chimbonde acolhe centenas de famílias deslocadas por inundações provocadas pela depressão tropical Ana, que atingiu Moçambique em Janeiro.
“Estamos a quatro dias a passar mal com ventania”, que antecedeu a chuva forte, disse Zeferino Macuacua, que teve a barraca toda destruída, e procura agora por onde começar.
“As tendas estavam todas deitadas, e voltamos a esticar para conseguir passar a noite", disse o jovem, agora desempregado e que sobrevive de biscates.
Uma outra vítima, Dorca Tomas, disse que o temporal surpreendeu a maioria dos deslocados nas tendas improvisadas, enquanto aguardavam erguer as habitações nas parcelas atribuídas pelo governo.
“A chuva e vento veio forte, e não conseguimos ficar na tenda que não resistiu, e tivemos que pedir alojar na casa de uma vizinha”, disse Dorca Tomas, uma das vítimas, realçando que o desabamento da tenda só agravou as condições de vida precárias.
Entre as vítimas estão viúvas e idosos, sem condições para erguer habitações que resistam à nova época chuvosa.
Entretanto, o administrador de Tete, João Barroso, disse que as autoridades estão a estudar uma forma de ajudar as vítimas, em alimentos e novas lonas.
A época chuvosa em Moçambique arrancou no mês passado e vai até Março de 2023. Prevê-se chuvas fortes e inundações.
As autoridades estão empenhadas em retirar a população nas zonas ribeirinhas e propensas a inundações.
A ferramenta Inform de avaliação de risco de desastres indica que Moçambique ocupa o nono lugar entre 191 países quanto à vulnerabilidade a perigos, exposição a riscos e falta de capacidade de resposta.
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