A Frelimo, partido no poder em Moçambique, obteve 195 dos 250 lugares na Assembleia da República, e o seu candidato Daniel Chapo foi eleito Presidente da República com 70,67 por cento dos votos.
Os dados revelados nesta quarta-feira, 24, pelo presidente da Comissão Nacional das Eleições (CNE) confirmam como a grande novidade das eleições do passado dia 9 a ascenção do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), a segunda força no Parlamento, com 31 deputados, enquanto o seu líder, Albino Forquilha, será o novo líder da oposição.
Os grandes derrotados foram Ossufo Momade e o seu partido Renamo, desde 1994 até agora, o segundo maior partido em Moçambique.
Enquanto como candidato presidencial Momade obteve apenas 5,81 por cento, a Renamo conseguiu eleger somente 20 parlamentares, quando nesta legislatura tinha 60 deputados.
Por seu lado, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), cujo candidato presidencial Lutero Simango conseguiu 3,21 por cento dos votos, perdeu dois deputados, passando de seis para quatro parlamentares na próxima Assembleria da República.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane já anunciou que vai apresentar recursos junto do Conselho Constitucional por, segundo ele, ter ganho a eleição.
O MDM também admitiu recorrer.
O Conselho Constitucional deve ainda confirmar os resultados.
Em entrevista à Voz da América, o jornalista e analista político Alexandre Chiure diz que altos quadros da Renamo estão a pedir a cabeça do Ossufo Momade, aborda o peso dos resultados de Mondlane e do Podemos a ainda fala sobre os recursos que deverão surgir nos próximos dias.
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