No balanço de quase meio século de Independência, o Presidente de Moçambique diz que o país avançou em todos os níveis e aponta o terrorismo como principal desafio.
A oposição afirma, por seu lado, que os níveis de pobreza mostram um país oposto ao que o Governo vê.
Ao falar na celebração dos 49 anos de Independência Nacional que se celebra nesta terça-feira, 25, Filipe Nyusi defendeu a necessidade de uma maior união entre os moçambicanos para vencer o terrorismo que afeta Cabo Delgado.
"O grande desafio é controlarmos o terrorismo que perturba a região norte de Cabo Delgado. Sobre este desafio, temos a firme convicção de que se estivermos unidos, vamos vencer", disse Nyusi.
O estadista enalteceu o papel do exército nacional e dos aliados da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda, que segundo revelou, deram, nos últimos dias, o pior golpe aos terroristas.
"Os terroristas sofreram as piores baixas de todos os tempos. Centenas e centenas ficaram fora do combate", sublinhou.
Apesar do desafio do terrorismo, Nyusi disse que o pais regista avanços assinaláveis como resultado da Independência Nacional.
"Nestes 49 anos de independência, Moçambique desenvolveu em todos os sentidos. São ganhos que quando olhamos o caminho percorrido até aqui nos orgulham a todos em quase todos os sectores, nomeadamente, agricultura, educação, artes e cultura, funcionalismo público, diplomacia entre tantas áreas.", concluiu.
Oposição com visão diferente
A Renamo, maior partido da oposição, contraria a visão do Chefe de Estado e diz que os 49 anos de independência traduzem-se em mais retrocessos do que desenvolvimento.
“O Governo do dia, em 49 anos, nunca apresentou políticas sectoriais públicas exequíveis sobre a cultura, saúde, educação, segurança social e vias de acesso, por consequência, Moçambique continua a apresentar as piores vias de acesso, incluindo nas cidades, sobretudo em períodos chuvosos, em que o país fica paralisado”, apontou o líder daquele partido, Ossufo Momade, no seu balanço.
Momade frisou, naquilo que descreveu como discurso da Nação, que a atual situação da pobreza, baixa qualidade de educação e saúde colorem negativamente os 49 anos da Independência Nacional.
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