Vários sectores da sociedade moçambicana saudaram a aprovação, na generalidade, pelo Parlamento, da proposta de lei de revisão pontual da Constituição da República nesta quarta-feira, 23, e consideraram ser um bom sinal que está a ser transmitido tendo em vista uma paz efectiva no país.
A saudação resultou, fundamentalmente, do facto de a aprovação ter sido por consenso, depois de todas as intervenções feitas no início do debate terem convergido para a necessidade dessa revisão, para acomodar a questão da descentralização, exigida pela Renamo, e que preconiza, entre outros aspectos, a eleição dos governadores provinciais.
"Os moçambicanos estão a viver momentos importantes da sua história", considerao bispo da cidade de Chimoio, João Carlos Nunes.
O arquitecto Tomás Rondinho, afirma que o facto de os deputados terem aprovado, por consenso, a proposta, um assunto sensível, é sinal de que os moçambicanos podem resolver, de forma pacífica, os seus diferendos.
Vários outros analistas acreditam ser possível que no curto espaço de tempo se possa alcançar uma paz efectiva e que possa englobar todos os moçambicanos.
Mas outros questionam como é que fica a questão da desmilitarização da Renamo?.
"A aprovação da proposta de lei de revisão constitucionaal é um sinal positivo para o ambiente tenso que se criou depois do Acordo Geral de Paz e do Acordo de Cessação das Hostilidades, assinados entre o Governo e a Renamo, que não foram cumpridos", considerou o professor Sebastião Namburete.
A aprovação, na especialidade, do diploma está agendada para esta quinta-feira, 24, mas desconhece-se quando será debatida a desmilitarização da Renamo.
